TCU aumenta número de técnicos na inspeção de urnas para acelerar auditoria
O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, decidiu aumentar em 50% o número de auditores responsáveis pela coleta dos resultados das urnas eletrônicas para realizar o procedimento que ficou conhecido internamente como "fiscalização da apuração paralela" promovida pelos militares. A Corte de Contas possui agora 54 técnicos nos Estados e 15 na sede da instituição em Brasília compilando dados para fazer uma auditoria do resultado.
Auditores do TCU vão recolher resultados impressos de 540 seções, os boletins de urna (BUs), para compor uma auditoria em tempo real dos dispositivos de votação. O objetivo é oferecer um relatório mais rápido ainda na noite deste domingo, 2, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Antes de propor essa checagem, o tribunal já havia anunciado a realização de um processo de inspeção mais aprofundado em 4.161 urnas, com divulgação dos resultados em novembro.
Como revelou o Estadão, a auditoria do TCU utilizará as mesmas técnicas dos militares: coleta dos boletins que são impressos após o encerramento da votação em cada seção para checar se os resultados das urnas conferem com a informação divulgada pelo TSE ao final da apuração. A medida foi acertada nos bastidores como uma forma de contrapor eventuais tentativas de contestação dos resultados pelas Forças Armadas, que inspecionam mais 300 dispositivos de votação.
Além de coletar os boletins de urnas nas capitais das 27 unidades federativas do País, os auditores do TCU acompanham o teste de integridade das urnas, que garante que os votos depositados nas urnas coincidem com o que foi digitado pelo eleitor. A Corte de Contas já produziu dois boletins com dados parciais de todas as zonas eleitorais em que a testagem ocorre. Segundo fontes no tribunal relataram ao Estadão, os processos de auditagem das urnas estão "ocorrendo na mais absoluta tranquilidade e todos os teste foram bem sucedidos".
O relatório que o TCU entregará ao TSE no final do teste de integridade contará com descrições minuciosas do ambiente em que procedimento foi realizado e da rotina dos servidores designados para essa tarefa. A Corte de Contas ainda vai fazer apontamentos sobre a transmissão ao vivo da testagem no YouTube e nas redes sociais, além de fazer comentários sobre os resultados.
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