MP-SP acusa Brennand por cinco estupros, tortura e agressão 'gravíssima'
Em documento apresentado à Justiça estadual nesta sexta-feira, 14, a Promotoria de Porto Feliz, a no interior paulista, ainda acusa o Thiago Brennand de coação no curso do processo, constrangimento ilegal, por três vezes, ameaça, por quatro vezes, registro não autorizado da intimidade sexual e divulgação de cena de estupro ou sexo, cometido oito vezes.
Os promotores ainda requereram a decretação de uma nova ordem de prisão contra o empresário. Thiago Brennand estava foragido da Justiça até esta quinta-feira, 13, quando foi capturado em Abu Dabi. Ele agora aguarda os trâmites relativos ao processo de extradição.
A acusação oferecida pelo Ministério Público paulista à Justiça nesta sexta também atingiu o tatuador que foi responsável por gravar iniciais do empresários na vítima, à força. Ele é acusado pelos crimes de tortura e lesão corporal gravíssima.
A denúncia foi oferecida na esteira de inquérito reaberto em setembro, por ordem do juiz Jorge Panserini, da 1ª Vara de Porto Feliz. O desarquivamento se deu após reportagem do Fantástico detalhar as acusações feitas pela vítima, que ainda alegou ter sofrido agressões e ter vídeo íntimo filmado sem consentimento.
Brennand já é réu pelas agressões à modelo Helena Gomes, flagradas em vídeo que viralizou nas redes sociais. Ele responde por supostos crimes de lesão corporal e corrupção de menores. No bojo de tal processo foi que a preventiva do empresário foi decretada, após ele descumprir ordem judicial para que entregasse seu passaporte à Justiça.
No mesmo dia em que o empresário foi formalmente acusado pela primeira vez, vieram à tona outras denúncias contra ele. O Fantástico mostrou depoimentos de mulheres, familiares e funcionários de estabelecimentos frequentados por Thiago Brennand. A reportagem dá destaque ao caso de uma mulher que hoje mora no exterior e diz ter sido vítima de cárcere privado, agressões e estupro quando esteve na casa do empresário, no interior de São Paulo.
Segundo ela, o caso chegou à polícia em razão de uma denúncia feita por seu irmão. Ela conta que teria desmentido a história em depoimento, pois estaria sendo ameaçada. À época, a investigação policial foi arquivada por falta de provas. As apurações serão retomadas e resultaram da denúncia apresentada nesta sexta, 14, à Justiça.
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