Quem é Luiz Marinho, escolhido por Lula para voltar a ser ministro do Trabalho
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira, 22, a escolha do deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para comandar o Ministério do Trabalho no novo governo - o Estadão antecipou a escolha. Marinho voltará a ser ministro de Lula 15 anos depois ter comandado o Ministério do Trabalho (2005 a 2007) e o Ministério da Previdência Social (2007 a 2008).
Marinho deixou o governo federal no final de 2008 para concorrer à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), município que comandou de 2009 a 2016. Atualmente, ele preside o diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal nas eleições de outubro, após derrotas em disputas para o governo do Estado, em 2018, e para a prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), em 2020.
Marinho fez carreira junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no qual ocupou a presidência entre 1996 e 2003. Sua principal vitória no comando da instituição foi em 1998, quando reverteu as demissões de 10 mil trabalhadores de Volkswagen e Ford. Na sequência, ocupou a presidência da CUT entre 2003 e 2004, chegando ao governo Lula sem nunca ter ocupado um cargo eletivo antes.
Já à frente do Ministério do Trabalho, em 2006, Marinho viu o salário mínimo saltar de R$ 300 para R$ 350, aumento real de 13%. No ano seguinte, o aumento foi de 5,1%, chegando a R$ 380. Quando decidiu concorrer à prefeitura de São Bernardo, obteve vitória em segundo turno 58,19% dos votos válidos (ou 237.617 votos). Já sob o momento de baixa do PT, ficou apenas em quarto lugar no pleito para o governo paulista em 2018. Em 2020, novo fracasso: foi derrotado em primeiro turno por Orlando Morando (PSDB).
Em 2018, Marinho foi acusado pelo Ministério Público Federal de fraude à licitação da obra de construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, entre 2011 e 2012. Em 2020, ele e outros 15 réus acusados foram inocentados pelo juiz federal substituto Leonardo Henrique Soares, da 3.ª Vara Federal de São Bernardo do Campo. No ano passado, ele foi considerado novamente inocente pela Justiça.
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