Topo

Esse conteúdo é antigo

Lula proíbe entrada de celulares na primeira reunião com ministros

06.jan.23 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a primeira reunião ministerial do governo, no Palácio do Planalto, em Brasília - WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
06.jan.23 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a primeira reunião ministerial do governo, no Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Felipe Frazão

Brasília

06/01/2023 12h57Atualizada em 06/01/2023 13h17

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva proibiu a entrada de celulares na primeira reunião geral do novo governo com os ministros. Os telefones foram recolhidos nesta sexta-feira, dia 6, na entrada da Sala Suprema, no segundo andar do Palácio do Planalto.

A prática costuma ser usada por autoridades para evitar vazamento de informações. No Planalto há escaninhos de madeira em área próxima à sala suprema e nos gabinetes do presidente e ministros.

O procedimento vale mesmo para quem trabalha no Planalto. Segundo auxiliares do presidente, ele costuma pedir que interlocutores deixem seus aparelhos fora dos ambientes de encontros. Eles afirmam que Lula se incomoda com o desvio atenção das pessoas com as quais conversa e que gosta de manter contato visual permanente.

O presidente não usa telefone celular próprio e recorre aos assessores mais próximos para conversar.

No início do primeiro governo, em 2003, a Presidência da República acionou bloqueadores de sinal de telefones celulares, em encontros do presidentes com ministros e governadores na Granja do Torto. Aparelhos foram instalados nas salas de reunião.

Antecessores no cargo, como Michel Temer e Jair Bolsonaro, também proibiam aparelhos de celular em algumas ocasiões. O procedimento não impediu que Temer fosse gravado pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu e usasse o áudio numa delação premiada do caso JBS.