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Padilha: Moro 'passou pano' para atos golpistas em Brasília

Ministro fez afirmação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda (9). "Quem não repudia de forma veemente é alguém que não tem apreço pela democracia", disse. - Reprodução/TV Cultura
Ministro fez afirmação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda (9). "Quem não repudia de forma veemente é alguém que não tem apreço pela democracia", disse. Imagem: Reprodução/TV Cultura

São Paulo

10/01/2023 15h07Atualizada em 10/01/2023 15h26

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) "passou pano" para os atos de violência que ocorreram neste domingo, 8, em Brasília.

"A declaração do senador eleito Sérgio Moro é uma demonstração disso (de passar pano). Não repudiar de forma veemente os atos terroristas cometidos ontem (domingo), quem não repudia de forma veemente é alguém que não tem apreço pela democracia ou não tem percepção da gravidade do que vivemos ontem", disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de SP.

No final de semana, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios públicos e históricos do Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

O ministro ainda defendeu que os políticos que insistirem em apoiar tais atos de violência serão isolados politicamente. "Qualquer parlamentar que venha incitar atitudes como a de ontem, venha colaborar e incentivar atitudes como a de ontem serão devidamente isolados politicamente", afirmou.

No domingo, um pouco antes dos atos violentos começarem, o ex-juiz afirmou também em rede social que o novo governo Lula estava "mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados".

Em resposta, Moro afirmou que repudiou os fatos "desde o início da violência" e que defende, desde o final das eleições, que "oposição ao novo Governo deveria seguir o caminho da lei e do respeito às instituições".

"A declaração do Ministro Padilha busca ocultar as falhas do Governo atual em prevenir os ataques. Por que a Força Nacional não foi afinal colocada de prontidão na Praça dos Três Poderes já que tinham informações de inteligência?", disse.

"De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa "reconstrução" sem qualquer rumo. Não é um bom começo", disse.

Posteriormente, com o início das invasões, Moro voltou às redes sociais para se posicionar novamente: "A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições", disse.