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Enviado por Lula, Celso Amorim viaja à Venezuela e se encontra com Maduro

O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim se encontrou com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro - Miraflores Palare/Reuters
O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim se encontrou com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro Imagem: Miraflores Palare/Reuters

Sofia Aguiar

Em Brasília

09/03/2023 14h29Atualizada em 09/03/2023 15h50

Uma delegação do Brasil encabeçada pelo ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viajou à Venezuela e se encontrou ontem com o presidente do país vizinho, Nicolás Maduro, na capital Caracas.

O encontro faz parte da retomada de relações que foram "danificadas" pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O encontro foi compartilhado por Maduro nas redes sociais. Ao postar foto com Amorim, ele disse que foi um "grato encontro" com a delegação brasileira. "Estamos comprometidos com a renovação de nossos acordos de união e solidariedade que garantem o crescimento e o bem-estar da Venezuela e do Brasil", declarou Maduro na mensagem, em espanhol.

À reportagem, um interlocutor do governo afirmou que o encontro "está no quadro da retomada das relações danificadas pelo governo anterior". "O Brasil está reabrindo sua embaixada e consulado em Caracas", disse.

A Venezuela vive uma ditadura comandada por Maduro, o que virou motivo de críticas de Bolsonaro a Lula durante a corrida presidencial de 2022. Na terça-feira, 7, o Brasil apresentou à Organização das Nações Unidas (ONU) nova posição e preocupações com o governo ditatorial da Nicarágua.

Ao repudiar a decisão de autoridades do país da América Central de retirada de nacionalidade de opositores ao regime de Daniel Ortega, o governo brasileiro colocou-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida.

A declaração brasileira ocorreu após o governo brasileiro ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense.

O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira, 6, repercutiu no Brasil. A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores.