Egito investiga possível vingança em homicídio de italiano
CAIRO, 24 FEV (ANSA) - Contrariando a tese de assassinato político, o Ministério do Interior do Egito afirmou nesta quarta-feira (24) que uma "vingança" pode ter sido a causa do homicídio do pesquisador italiano Giulio Regeni, encontrado morto no Cairo no início de fevereiro.
Segunda a pasta, essa é uma das hipóteses que está sendo investigada pela polícia, ainda mais porque o estudante mantinha "numerosas relações" com moradores do bairro em que vivia, muitos dos quais já foram interrogados.
"Apesar de os investigadores ainda não terem identificado os responsáveis, as razões ou a origem do crime, as informações coletadas até aqui não descartam nenhum motivo, incluindo homicídio premeditado e vingança", diz um comunicado do Ministério do Interior.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, disse que não vai se contentar com uma "verdade cômoda e nem com pistas improváveis, como aquelas evocadas hoje [24] pelo Cairo". "A Itália pede simplesmente a verdade e a punição dos culpados para um país aliado", acrescentou o chanceler durante um pronunciamento no Parlamento.
Inicialmente, a morte de Regeni era tida como crime comum, mas aos poucos começou a ganhar contornos de assassinato político, colocando à prova as boas relações entre Itália e Egito. O pesquisador estava no Cairo para uma tese acadêmica sobre a economia local e sindicatos independentes, mas também contribuía com o jornal comunista italiano "Il Manifesto". Antes de morrer, ele chegou a enviar um artigo sobre o tema, pedindo para o diário usar um pseudônimo.
Além disso, pessoas próximas a Regeni alegaram que ele estava com "medo", ainda mais depois de ter sido fotografado em uma assembleia sindical no Egito. A suspeita é que a polícia o tenha confundido com um espião, uma vez que ele participava ativamente da vida dessas entidades independentes, que são proibidas pelo governo.
O corpo do pesquisador de 28 anos foi encontrado com sinais de tortura, incluindo as duas orelhas mutiladas e duas unhas arrancadas. Ele era natural de Fiumicello, no norte da Itália, e foi enterrado no último dia 12, em uma cerimônia com mais de 3 mil pessoas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segunda a pasta, essa é uma das hipóteses que está sendo investigada pela polícia, ainda mais porque o estudante mantinha "numerosas relações" com moradores do bairro em que vivia, muitos dos quais já foram interrogados.
"Apesar de os investigadores ainda não terem identificado os responsáveis, as razões ou a origem do crime, as informações coletadas até aqui não descartam nenhum motivo, incluindo homicídio premeditado e vingança", diz um comunicado do Ministério do Interior.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, disse que não vai se contentar com uma "verdade cômoda e nem com pistas improváveis, como aquelas evocadas hoje [24] pelo Cairo". "A Itália pede simplesmente a verdade e a punição dos culpados para um país aliado", acrescentou o chanceler durante um pronunciamento no Parlamento.
Inicialmente, a morte de Regeni era tida como crime comum, mas aos poucos começou a ganhar contornos de assassinato político, colocando à prova as boas relações entre Itália e Egito. O pesquisador estava no Cairo para uma tese acadêmica sobre a economia local e sindicatos independentes, mas também contribuía com o jornal comunista italiano "Il Manifesto". Antes de morrer, ele chegou a enviar um artigo sobre o tema, pedindo para o diário usar um pseudônimo.
Além disso, pessoas próximas a Regeni alegaram que ele estava com "medo", ainda mais depois de ter sido fotografado em uma assembleia sindical no Egito. A suspeita é que a polícia o tenha confundido com um espião, uma vez que ele participava ativamente da vida dessas entidades independentes, que são proibidas pelo governo.
O corpo do pesquisador de 28 anos foi encontrado com sinais de tortura, incluindo as duas orelhas mutiladas e duas unhas arrancadas. Ele era natural de Fiumicello, no norte da Itália, e foi enterrado no último dia 12, em uma cerimônia com mais de 3 mil pessoas. (ANSA)
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