Em missa de Páscoa, Papa cita terrorismo e refugiados
CIDADE DO VATICANO, 27 MAR (ANSA) - A tradicional mensagem de Páscoa do papa Francisco, lida neste domingo (27) na Praça São Pedro, pediu "paz" e "esperança" para o mundo, além de condenar as guerras no Oriente Médio, como a da Síria, e os atentados terroristas recentes. Ele também solicitou ajuda aos refugiados e imigrantes. "Envio sinais de esperança para a querida Síria, país destruído por um longo conflito e marcado por morte e desprezo humanitário" disse o líder católico na mensagem discursada logo após a missa de Páscoa e chamada de "Urbi et Orbi" ("À cidade de Roma e ao mundo"). Francisco contou que tem rezado pelas negociações contra a guerra na Síria, para que, "com boa vontade e colaboração de todos, consigam ser colhidos os frutos da paz e o país se encaminhe para a construção de uma sociedade fraterna". Nesse contexto de união, o Papa também desejou uma convivência pacíficia, com um "encontro fecundo de povos e culturas", em outras regiões do Oriente Médio e da África, como Iraque, Iêmen e Líbia, países também marcados por conflitos armados internos. "Que o Senhor proporcione bons resultados às sementes de esperança e perspectivas de paz na África, principalmente em Burundi, Moçambique, República Democrática do Congo e Sudão do Sul, que passam por tensões políticas e sociais", completou.
Referindo-se ao seu continente natal, a América Latina, o Papa comentou sobre a situação da Venezuela. "Que a mensagem pascal de Jesus ressuscitado se projete cada vez mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições nas quais se encontra e sobre os que têm em suas mãos o destino do país, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogos e colaboração com todos".
De maneira geral, Francisco pediu para que em todo o mundo se manifeste a "cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco, os quais possam garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos". Discursando do balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Francisco orientou os fiéis a aproveitarem a festa de Páscoa para "demonstrarem proximidade às vítimas do terrorismo, forma cega e inusitada de violência que não para de derramar sangue inocente em várias partes do mundo, como ocorreu nos recentes atentados na Bélgica, Turquia, Chade, Camarões e Costa do Marfim". "O mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, enquanto as crônicas diárias estão repletas de notícias de crimes de atrocidade, que com certa frequência ocorrem entre as paredes domésticas, e de conflitos armados de ampla escala", comentou o Papa. "Frente aos abismos espirituais e morais da humanidade, frente aos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, somente uma infinita misericórdia pode nos salvar", argumentou. "Somente Deus pode preencher com seu amor estes vazios e abismos, permitindo que não nos afundemos e fazendo-nos caminhar juntos até a terra da liberdade e da vida". As celebrações de Páscoa neste domingo na Praça São Pedro ocorreram sob forte esquema de segurança devido aos alertas emitidos pelas autoridades europeias após os atentados da última terça-feira (22) em Bruxelas, que deixaram mais de 30 mortos e centenas de feridos. Os atos foram assumidos pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Ao fim da missa de Páscoa, o Papa cumprimentou o ex-rei da Bélgica, Alberto II, que abdicou do trono, e a ex-rainha Paola. Francisco também passeou pela Praça São Pedro a bordo do papamóvel para saudar o público. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Referindo-se ao seu continente natal, a América Latina, o Papa comentou sobre a situação da Venezuela. "Que a mensagem pascal de Jesus ressuscitado se projete cada vez mais sobre o povo venezuelano nas difíceis condições nas quais se encontra e sobre os que têm em suas mãos o destino do país, para que se possa trabalhar em vista do bem comum, buscando espaços de diálogos e colaboração com todos".
De maneira geral, Francisco pediu para que em todo o mundo se manifeste a "cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco, os quais possam garantir o bem-estar espiritual e material dos cidadãos". Discursando do balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Francisco orientou os fiéis a aproveitarem a festa de Páscoa para "demonstrarem proximidade às vítimas do terrorismo, forma cega e inusitada de violência que não para de derramar sangue inocente em várias partes do mundo, como ocorreu nos recentes atentados na Bélgica, Turquia, Chade, Camarões e Costa do Marfim". "O mundo está cheio de pessoas que sofrem no corpo e no espírito, enquanto as crônicas diárias estão repletas de notícias de crimes de atrocidade, que com certa frequência ocorrem entre as paredes domésticas, e de conflitos armados de ampla escala", comentou o Papa. "Frente aos abismos espirituais e morais da humanidade, frente aos vazios que se abrem nos corações e que provocam ódio e morte, somente uma infinita misericórdia pode nos salvar", argumentou. "Somente Deus pode preencher com seu amor estes vazios e abismos, permitindo que não nos afundemos e fazendo-nos caminhar juntos até a terra da liberdade e da vida". As celebrações de Páscoa neste domingo na Praça São Pedro ocorreram sob forte esquema de segurança devido aos alertas emitidos pelas autoridades europeias após os atentados da última terça-feira (22) em Bruxelas, que deixaram mais de 30 mortos e centenas de feridos. Os atos foram assumidos pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Ao fim da missa de Páscoa, o Papa cumprimentou o ex-rei da Bélgica, Alberto II, que abdicou do trono, e a ex-rainha Paola. Francisco também passeou pela Praça São Pedro a bordo do papamóvel para saudar o público. (ANSA)
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