Relação entre Vaticano e China está melhorando, diz cardeal
CIDADE DO VATICANO, 27 AGO (ANSA) - O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, afirmou neste sábado (27) que as relações entre a Igreja Católica e o governo chinês estão melhorando e que um "novo ciclo" nas conversas está começando.
"Há muitas esperanças e expectativas sobre os novos desenvolvimentos e há um novo ciclo na relação entre a Sede Apostólica e a China, que trará benefícios não só para os católicos na terra de Confúcio, mas para todo o país, que tem uma das maiores civilizações do planeta", disse Parolin em uma conferência em Pordenone, na Itália.
Segundo o religioso, essa nova fase "dará benefícios a uma ordenada, pacífica e frutífera convivência entre os povos e as nações em um mundo como o nosso, dilacerado por tantas tensões e tantos conflitos". Lembrando que as tentativas de aproximação ocorrem desde a década de 1920, Parolin destacou que um acordo para reestruturar as relações seria como um símbolo "em favor da paz mundial".
O secretário de Estado ainda destacou a forte atuação dos papas Francisco, Bento XVI e João Paulo II para a retomada das relações. De acordo com Parolin, Jorge Mario Bergoglio "assim como seus antecessores conhecem a bagagem de sofrimento, incompreensões, além do silencioso martírio que a comunidade católica na China carrega em suas costas. É o peso da história".
Ainda falando de Francisco, o cardeal destacou que o atual Pontífice "conhece e encoraja, especialmente neste ano de Jubileu da Misericórdia, o perdão recíproco, a reconciliação entre irmãos e irmã que vivem a divisão, o esforço de crescer na compreensão, na colaboração e no amor".
Citando que um acordo entre o Vaticano e a China seria "escrever uma página inédita na história", o religioso disse que a liberação de culto dos católicos não quer "renegar ou diminuir tudo aquilo que produziu e continua a produzir de verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honrado a história e a cultura chinesa".
Conforme Parolin, "está sendo realisticamente aceito que não faltam problemas para resolver entre a Santa Sé e a China", mas diz que eles podem gerar frutos "mesmo com sua complexidade, posição e orientação diversas".
"A coisa mais importante é que estamos construindo a estrada. Os contatos foram retomados e se está caminhando. Acredito que com a boa vontade de ambas as partes, conseguiremos atingir um acordo verdadeiro e que seja satisfatórios para todos", ressaltou ainda.
Há décadas, existem fortes diferenças entre o governo chinês e o vaticano. Isso porque Pequim mantém a Igreja Católica em uma "quase clandestinidade tolerada", enquanto promove outro igreja "patriótica" cujos bispos são nomeados por membros do governo central.
Além disso, a Santa Sé mantém laços diplomáticos com Taiwan e a China exige o rompimento dessa relação antes de assinar um acordo formal com os católicos. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Há muitas esperanças e expectativas sobre os novos desenvolvimentos e há um novo ciclo na relação entre a Sede Apostólica e a China, que trará benefícios não só para os católicos na terra de Confúcio, mas para todo o país, que tem uma das maiores civilizações do planeta", disse Parolin em uma conferência em Pordenone, na Itália.
Segundo o religioso, essa nova fase "dará benefícios a uma ordenada, pacífica e frutífera convivência entre os povos e as nações em um mundo como o nosso, dilacerado por tantas tensões e tantos conflitos". Lembrando que as tentativas de aproximação ocorrem desde a década de 1920, Parolin destacou que um acordo para reestruturar as relações seria como um símbolo "em favor da paz mundial".
O secretário de Estado ainda destacou a forte atuação dos papas Francisco, Bento XVI e João Paulo II para a retomada das relações. De acordo com Parolin, Jorge Mario Bergoglio "assim como seus antecessores conhecem a bagagem de sofrimento, incompreensões, além do silencioso martírio que a comunidade católica na China carrega em suas costas. É o peso da história".
Ainda falando de Francisco, o cardeal destacou que o atual Pontífice "conhece e encoraja, especialmente neste ano de Jubileu da Misericórdia, o perdão recíproco, a reconciliação entre irmãos e irmã que vivem a divisão, o esforço de crescer na compreensão, na colaboração e no amor".
Citando que um acordo entre o Vaticano e a China seria "escrever uma página inédita na história", o religioso disse que a liberação de culto dos católicos não quer "renegar ou diminuir tudo aquilo que produziu e continua a produzir de verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honrado a história e a cultura chinesa".
Conforme Parolin, "está sendo realisticamente aceito que não faltam problemas para resolver entre a Santa Sé e a China", mas diz que eles podem gerar frutos "mesmo com sua complexidade, posição e orientação diversas".
"A coisa mais importante é que estamos construindo a estrada. Os contatos foram retomados e se está caminhando. Acredito que com a boa vontade de ambas as partes, conseguiremos atingir um acordo verdadeiro e que seja satisfatórios para todos", ressaltou ainda.
Há décadas, existem fortes diferenças entre o governo chinês e o vaticano. Isso porque Pequim mantém a Igreja Católica em uma "quase clandestinidade tolerada", enquanto promove outro igreja "patriótica" cujos bispos são nomeados por membros do governo central.
Além disso, a Santa Sé mantém laços diplomáticos com Taiwan e a China exige o rompimento dessa relação antes de assinar um acordo formal com os católicos. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.