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Não respondam ódio com ódio,diz Papa a sobreviventes de Nice

24/09/2016 12h22

CIDADE DO VATICANO, 24 SET (ANSA) - O papa Francisco fez uma celebração neste sábado (24) com os sobreviventes do atentato terrorista ocorrido em Nice, na França, no dia 14 de julho, e pediu que o diálogo prevaleça sobre o ódio.   

"Quando há a tentação de revoltar-se, ou ainda de responder o ódio com o ódio e a violência com violência, uma autêntica conversão do coração é necessária. Esta é a mensagem que o Evangelho de Jesus envia para todos nós. Deve-se responder os ataques do demônio só com obras de Deus, que são o perdão, o amor e o respeito ao próximo - mesmo que ele seja diferente", disse o líder católico durante a celebração.   

Francisco afirmou ainda que faz orações "por seu país e por seus responsáveis para que construam sem se cansar uma sociedade justa, pacífica e fraterna".   

O ataque ocorrido em Promenade des Anglais durante uma celebração pela Queda da Bastilha foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Um homem identificado como Mohamed Bouhlel atropelou dezenas de pessoas com um caminhão em uma área que estava fechada para veículos. Ao todo, 86 pessoas perderam a vida no ataque.   

"O drama que a cidade de Nice conheceu suscitou, em todos os lugares, significativos gestos de solidariedade e de acompanhamento. Agradeço a todas as pessoas que, imediatamente, se dedicaram a apoiar e acompanhar as famílias", acrescentou Jorge Mario Bergoglio.   

Ele ainda aproveitou para agradecer tanto a "comunidade católica" presente como representantes de outras religiões e que fica "feliz em ver que há entre vós uma relação inter-religiosa muito viva".   

A audiência na sala Paulo VI reuniu certa de mil pessoas vindas de Nice, entre elas, o prefeito Christian Estrosi e o bispo local monsenhor André Marceau.   

"Rezo ao Deus de misericórdia também por todas as pessoas que ficaram feridas, em alguns casa, atrozmente mutiladas na carne ou no espírito, e não esqueço de todos aqueles que não puderam vir aqui porque ainda estão no hospital", disse ainda o sucessor de Bento XVI. (ANSA)
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