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Barack Obama não irá a funeral de Fidel em Havana

29/11/2016 20h41

HAVANA, 29 NOV (ANSA) - Mesmo com o início do degelo das relações entre Estados Unidos e Cuba, o presidente norte-americano, Barack Obama, não irá ao funeral do ex-mandatário e líder revolucionário cubano Fidel Castro, que faleceu na noite da última sexta-feira (25) e que será enterrado no próximo domingo (4). A notícia foi anunciada nesta terça-feira (29) pelo porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, aos jornalistas. O norte-americano também afirmou que nenhuma delegação do país será enviada, mas que o assessor de Segurança Nacional, Ben Rhodes, e o embaixador dos EUA em Havana, Jeffrey DeLaurentis, comparecerão à cerimônia. As relações entre Cuba e EUA começaram a melhorar em dezembro de 2014 com o anúncio de Obama e do presidente cubano, Raúl Castro, do início do degelo, mas voltaram a se complicar com a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 8 de novembro. Enquanto Obama apresentou um discurso comedido e respeitoso sobre a morte de Fidel dizendo que "a história vai registrar e julgar o enorme impacto desta figura singular" no mundo, Trump assumiu uma postura bem mais agressiva e de uma possível ruptura das relações com o país latino-americano chamando o ex-líder cubano de "ditador brutal" e desejando "um futuro livre a Cuba".   

Mas os Estados Unidos não são o único país que não contará com seu chefe de Estado no funeral. Quem representará a Rússia no enterro, por exemplo, não será seu presidente, Vladimir Putin, mas sim o líder da Duma, Vyacheslav Volodin. A premier britânica, Theresa May, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também não devem comparecer ao funeral, mas enviarão delegações. Já os líderes dos países latino-americanos estarão em peso no enterro. Até o momento, já confirmaram a presença os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; da Bolívia, Evo Morales; do Equador, Rafael Correa; do México, Enrique Peña Nieto; e da Nicarágua, Daniel Ortega. Também estará presente o mandatário da África do Sul, Jacob Zuma. (ANSA)
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