Prefeita de Roma encara nova crise com nomeação de assessor
ROMA, 21 DEZ (ANSA) - O caos nas nomeações de assessores para a Prefeitura de Roma parece não ter fim. Dessa vez, a prefeita da capital italiana, Virginia Raggi, é acusada pela Autoridade Anticorrupção da Itália (Anac) de permitir uma nomeação que causa "conflito de interesses".
Isso porque, o então chefe do Departamento Pessoal da Prefeitura, Raffaele Marra, nomeou para o departamento de Turismo, Renato Marra. Raffaele foi preso na sexta-feira (16) sob a acusação de corrupção em um processo de 2015.
"Está configurado o conflito de interesses. Tal situação existe seja no caso no qual o dirigente tenha desenvolvido um mero papel formal no procedimento ou na eventualidade de sua participação direta na atividade", informou a Anac em nota.
A entidade ainda informou que o caso foi repassado para a Procuradoria de Roma para "acertamentos sobre a eventual responsabilidade disciplinar".
A nota critica a postura de Raggi no caso, já que ela sabia da nomeação de seu assessor e não fez nada. "Consciente do conflito, ela deveria ter exonerado o doutor Marra de qualquer participação", acrescentou.
A Anac ainda revelou contradições no depoimento da prefeita ao órgão. Segundo o que falou Raggi, ela era a "única responsável" pela nomeação no departamento, mas no documento que aferiu o cargo a Renato, está escrito que o cargo foi dado "seguindo as estruturas competentes no caso da disciplina vigente". Raggi ainda não se manifestou sobre o caso.
- Crise na Prefeitura: Nos cinco meses de governo da representante do Movimento Cinco Estrelas (M5S) já se envolveu em diversas crises com a nomeação de dirigentes. Como seu partido prega "total transparência" e impede que pessoas nomeadas para cargos tenham sofrido algum processo, a lista de mudanças na Prefeitura é grande.
A primeira crise ocorreu com a demissão, via Facebook, de sua chefe de Gabinete Claudia Ranieri, que era investigada pela Anac. Por causa da maneira como foi dispensada, outros cinco dirigentes pediram uma demissão em massa.
No dia 13 de dezembro, a assessora para o Meio Ambiente, Paola Muraro, anunciou que estava deixando o cargo após ser notificada de uma investigação, que iniciou em 2013, sobre tráfico de lixo ilegal, fraude e abuso de poder.
Na mesma semana, no dia 16, Raffaele Marra - considerado o "braço-direito" de Virginia Raggi - foi preso por corrupção. No dia seguinte, para evitar a expulsão de seu partido, a prefeita aceitou demitir mais dois assessores, o vice-prefeito Daniele Frongia e o chefe da Secretaria, Salvatore Romeo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Isso porque, o então chefe do Departamento Pessoal da Prefeitura, Raffaele Marra, nomeou para o departamento de Turismo, Renato Marra. Raffaele foi preso na sexta-feira (16) sob a acusação de corrupção em um processo de 2015.
"Está configurado o conflito de interesses. Tal situação existe seja no caso no qual o dirigente tenha desenvolvido um mero papel formal no procedimento ou na eventualidade de sua participação direta na atividade", informou a Anac em nota.
A entidade ainda informou que o caso foi repassado para a Procuradoria de Roma para "acertamentos sobre a eventual responsabilidade disciplinar".
A nota critica a postura de Raggi no caso, já que ela sabia da nomeação de seu assessor e não fez nada. "Consciente do conflito, ela deveria ter exonerado o doutor Marra de qualquer participação", acrescentou.
A Anac ainda revelou contradições no depoimento da prefeita ao órgão. Segundo o que falou Raggi, ela era a "única responsável" pela nomeação no departamento, mas no documento que aferiu o cargo a Renato, está escrito que o cargo foi dado "seguindo as estruturas competentes no caso da disciplina vigente". Raggi ainda não se manifestou sobre o caso.
- Crise na Prefeitura: Nos cinco meses de governo da representante do Movimento Cinco Estrelas (M5S) já se envolveu em diversas crises com a nomeação de dirigentes. Como seu partido prega "total transparência" e impede que pessoas nomeadas para cargos tenham sofrido algum processo, a lista de mudanças na Prefeitura é grande.
A primeira crise ocorreu com a demissão, via Facebook, de sua chefe de Gabinete Claudia Ranieri, que era investigada pela Anac. Por causa da maneira como foi dispensada, outros cinco dirigentes pediram uma demissão em massa.
No dia 13 de dezembro, a assessora para o Meio Ambiente, Paola Muraro, anunciou que estava deixando o cargo após ser notificada de uma investigação, que iniciou em 2013, sobre tráfico de lixo ilegal, fraude e abuso de poder.
Na mesma semana, no dia 16, Raffaele Marra - considerado o "braço-direito" de Virginia Raggi - foi preso por corrupção. No dia seguinte, para evitar a expulsão de seu partido, a prefeita aceitou demitir mais dois assessores, o vice-prefeito Daniele Frongia e o chefe da Secretaria, Salvatore Romeo. (ANSA)
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