Greve feminina marca Dia Internacional da Mulher na Itália
ROMA, 8 MAR (ANSA) - Greves, abstenções ao trabalho, assembleias, protestos e ausência nas redes sociais. O Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, está sendo recordado com protestos na Itália e em outros 40 países. Milhares de mulheres se organizaram para fazer um 8 de março com manifestações contra a violência e discriminação de gênero. Como ocorreu nos anos 1970, grupos feministas saíram às ruas para convocar uma greve geral. Lançado na Argentina pelo movimento "Ni Una Menos", o protesto foi aderido em 40 países, inclusive no Brasil, mas por aqui a greve geral não deve ganhar proporções nacionais. Sindicatos trabalhistas, como a FLC CGIL na Itália, uniram-se ao chamado argentino e convocaram uma paralisação de 24 horas nos serviços de transporte público, ferroviário e aéreo, além das escolas e dos atendimentos de saúde.Em Roma, várias iniciativas, como protestos contra demissões e licenças e passeatas que saíram do Coliseu e atravessarão Tastevere. De acordo com a associação de floriculturas da Itália, a previsão é de que sejam comercializadas 12 milhões de rosas e arranjos florais, número menor que o ano passado, o que representa a mudança de atitude para 8 de março. Apesar dos protestos, o Palácio do Quirinale manteve as celebrações oficiais pelo Dia Internacional da Mulher. O presidente italiano, Sergio Mattarella, liderará uma celebração e prestará homenagens a mulheres protagonistas da paz e da justiça social. Nos últimos dois anos, a Itália foi palco de crimes chocantes de feminicídio. Na semana passada, a Corte Europeia de Direitos Humanos condenou a Itália por não ter tomado medidas rápidas para interromper atos de violência cometidos por um homem contra sua esposa e filho. (ANSA) Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
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