Na ONU, EUA sobe tom contra Rússia e China por Coreia
NOVA YORK, 05 JUL (ANSA) - O lançamento do primeiro míssil intercontinental da Coreia do Norte foi tema de uma acalorada reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (5), que evidenciou as divisões entre Estados Unidos, de um lado, e Rússia e China, do outro.
Com o apoio de Reino Unido e França, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, anunciou que apresentará nos próximos dias o rascunho de uma resolução com um pacote de sanções contra o regime de Pyongyang, mas ressaltou que Washington estuda usar "qualquer meio", inclusive a "força militar".
Porém Pequim e Moscou, mostrando a renovada aliança entre Xi Jinping e Vladimir Putin, deixaram claro que não aceitarão retaliações armadas contra a Coreia do Norte e ainda cobraram a interrupção da instalação de um escudo antimíssil dos EUA na Coreia do Sul.
Além disso, a Rússia criticou possíveis novas sanções contra Pyongyang, afirmando que é "inaceitável" estrangular o país economicamente. "As sanções não resolverão a crise norte-coreana e não podem ser tratadas como solução", disse o embaixador de Moscou na ONU, Vladimir Safronkov.
"Se a Rússia não quiser apoiar medidas mais severas contra Pyongyang, então vete o rascunho da resolução. Neste caso, os Estados Unidos seguirão pelo seu caminho", rebateu Haley.
Segundo ela, os EUA estão prontos para usar "qualquer meio em seu poder, incluindo a força militar", para proteger o país e seus aliados.
O míssil intercontinental testado pela Coreia do Norte, o primeiro do tipo em sua história, teria capacidade de atingir o Alasca. "Hoje é um dia negro. As ações da Coreia do Norte tornaram o mundo um lugar mais perigoso", acrescentou a embaixadora.
Haley também disse que a China estará colocando "em risco" suas relações comerciais com os Estados Unidos se eventuais negociações com o regime de Kim Jong-un violarem as sanções econômicas da ONU contra Pyongyang. Por outro lado, ressaltou a disponibilidade de Washington de "trabalhar junto" com Pequim.
"Rússia e China compartilham a preocupação por uma escalada na tensão na península da Coreia. Somos contrários a qualquer afirmação ou ação que leve a uma escalada e lançamos um apelo à moderação, não à provocação. A possibilidade de uso da força militar deve ser excluída", declarou Safronkov.
Os dois países defendem uma moratória nas negociações na península enquanto Pyongyang não interromper seus planos balísticos e nucleares e a Coreia do Sul e os EUA não abdicarem de exercícios militares na região.
A Coreia do Norte já realizou mais de 10 lançamentos de mísseis em 2017, apesar das diversas sanções impostas pelas Nações Unidas. O projeto do governo de Kim Jong-un é dominar a tecnologia capaz de colocar uma ogiva nuclear em um foguete que consiga chegar aos Estados Unidos. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Com o apoio de Reino Unido e França, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, anunciou que apresentará nos próximos dias o rascunho de uma resolução com um pacote de sanções contra o regime de Pyongyang, mas ressaltou que Washington estuda usar "qualquer meio", inclusive a "força militar".
Porém Pequim e Moscou, mostrando a renovada aliança entre Xi Jinping e Vladimir Putin, deixaram claro que não aceitarão retaliações armadas contra a Coreia do Norte e ainda cobraram a interrupção da instalação de um escudo antimíssil dos EUA na Coreia do Sul.
Além disso, a Rússia criticou possíveis novas sanções contra Pyongyang, afirmando que é "inaceitável" estrangular o país economicamente. "As sanções não resolverão a crise norte-coreana e não podem ser tratadas como solução", disse o embaixador de Moscou na ONU, Vladimir Safronkov.
"Se a Rússia não quiser apoiar medidas mais severas contra Pyongyang, então vete o rascunho da resolução. Neste caso, os Estados Unidos seguirão pelo seu caminho", rebateu Haley.
Segundo ela, os EUA estão prontos para usar "qualquer meio em seu poder, incluindo a força militar", para proteger o país e seus aliados.
O míssil intercontinental testado pela Coreia do Norte, o primeiro do tipo em sua história, teria capacidade de atingir o Alasca. "Hoje é um dia negro. As ações da Coreia do Norte tornaram o mundo um lugar mais perigoso", acrescentou a embaixadora.
Haley também disse que a China estará colocando "em risco" suas relações comerciais com os Estados Unidos se eventuais negociações com o regime de Kim Jong-un violarem as sanções econômicas da ONU contra Pyongyang. Por outro lado, ressaltou a disponibilidade de Washington de "trabalhar junto" com Pequim.
"Rússia e China compartilham a preocupação por uma escalada na tensão na península da Coreia. Somos contrários a qualquer afirmação ou ação que leve a uma escalada e lançamos um apelo à moderação, não à provocação. A possibilidade de uso da força militar deve ser excluída", declarou Safronkov.
Os dois países defendem uma moratória nas negociações na península enquanto Pyongyang não interromper seus planos balísticos e nucleares e a Coreia do Sul e os EUA não abdicarem de exercícios militares na região.
A Coreia do Norte já realizou mais de 10 lançamentos de mísseis em 2017, apesar das diversas sanções impostas pelas Nações Unidas. O projeto do governo de Kim Jong-un é dominar a tecnologia capaz de colocar uma ogiva nuclear em um foguete que consiga chegar aos Estados Unidos. (ANSA)
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