Presidente da Turquia diz que UE causa 'perda de tempo'
ISTAMBUL, 12 JUL (ANSA) - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a União Europeia faz com que seu país "perca tempo" ao negociar a entrada dos turcos no bloco econômico. A afirmação foi feita durante uma entrevista à emissora britânica "BBC" na noite desta terça-feira (11).
"No meu primeiro mandato como premier, a Turquia era descrita como um país que fez uma revolução silenciosa durante os encontros dos líderes da União Europeia. Mas agora, a mesma UE, além de não nos convidar mais à reunião dos líderes, nos faz também perder tempo", ressaltou Erdogan, que lidera o país - entre cargos de premier e presidente - desde 2003.
"Se a UE dizer abertamente 'nós não vamos aceitar a Turquia na UE', isso será confortável para nós. A União Europeia não é indispensável para nós. Estamos relaxados. Se não der, parto para o plano B, C...", acrescentou o mandatário falando ainda que "a maioria dos turcos" não quer mais entrar no bloco.
Os turcos pediram para aderir ao bloco europeu em 1987, mas as negociações formais começaram apenas em 2005. No entanto, nos últimos anos, o governo de Erdogan tem causado "problemas" na visão dos europeus, especialmente, para os alemães.
E, desde a tentativa frustrada de golpe de Estado contra o mandatário, em julho de 2016, as negociações estão em níveis mínimos. Isso porque a justiça turca tem emitido milhares de mandados de prisão contra pessoas que, supostamente, apoiaram o golpe - incluindo jornalistas, professores e ativistas de ONGs internacionais.
Para os europeus, Erdogan está aproveitando para prender pessoas que apenas se opõem às suas políticas de governo, cerceando o direito à liberdade de expressão. Apesar disso, os dois lados conseguiram fechar um acordo para controlar o fluxo migratório que passava pelo país em direção à Europa em 2015.
Questionado pela emissora britânica sobre a detenção de 150 jornalistas críticos ao governo, o presidente negou a informação e disse que apenas dois repórteres estão de fato detidos.
Porém, nesta quarta-feira (12), a Procuradoria de Ancara ordenou 34 mandados de prisão contra ex-funcionários da emissora de TV estatal "TRT", sendo que todos foram acusados de ajudarem Fethullah Gulen que, para Erdogan, foi o líder do golpe frustrado. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"No meu primeiro mandato como premier, a Turquia era descrita como um país que fez uma revolução silenciosa durante os encontros dos líderes da União Europeia. Mas agora, a mesma UE, além de não nos convidar mais à reunião dos líderes, nos faz também perder tempo", ressaltou Erdogan, que lidera o país - entre cargos de premier e presidente - desde 2003.
"Se a UE dizer abertamente 'nós não vamos aceitar a Turquia na UE', isso será confortável para nós. A União Europeia não é indispensável para nós. Estamos relaxados. Se não der, parto para o plano B, C...", acrescentou o mandatário falando ainda que "a maioria dos turcos" não quer mais entrar no bloco.
Os turcos pediram para aderir ao bloco europeu em 1987, mas as negociações formais começaram apenas em 2005. No entanto, nos últimos anos, o governo de Erdogan tem causado "problemas" na visão dos europeus, especialmente, para os alemães.
E, desde a tentativa frustrada de golpe de Estado contra o mandatário, em julho de 2016, as negociações estão em níveis mínimos. Isso porque a justiça turca tem emitido milhares de mandados de prisão contra pessoas que, supostamente, apoiaram o golpe - incluindo jornalistas, professores e ativistas de ONGs internacionais.
Para os europeus, Erdogan está aproveitando para prender pessoas que apenas se opõem às suas políticas de governo, cerceando o direito à liberdade de expressão. Apesar disso, os dois lados conseguiram fechar um acordo para controlar o fluxo migratório que passava pelo país em direção à Europa em 2015.
Questionado pela emissora britânica sobre a detenção de 150 jornalistas críticos ao governo, o presidente negou a informação e disse que apenas dois repórteres estão de fato detidos.
Porém, nesta quarta-feira (12), a Procuradoria de Ancara ordenou 34 mandados de prisão contra ex-funcionários da emissora de TV estatal "TRT", sendo que todos foram acusados de ajudarem Fethullah Gulen que, para Erdogan, foi o líder do golpe frustrado. (ANSA)
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