Alcaparras causam 'guerra' entre ilhas italianas
ILHA LIPARI, 25 JUL (ANSA) - As pequenas alcaparras viraram objeto de uma inusitada briga entre duas ilhas que ficam no arquipélago das Ilhas Eólias, localizadas ao norte da Sicília, no Mar Tirreno.
A briga ocorre entre a Ilha de Lipari, capital do arquipélago, e as três cidades da Ilha Salina - Santa Marina, Malfa e Leni - por conta da certificação de origem, a chamada DOP (Denominação de Origem Protegida).
Lipari quer certificar as alcaparras produzidas no local, o que inclui um rígido processo de produção, enquanto as outras três cidades se revoltaram porque se consideram as "autênticas donas" do alimento. Com isso, Santa Marina, Malfa e Leni não querem compartilhar o selo DOP com Lipari.
A batalha é tão séria que uma medida administrativa, com uma instrução ministerial, foi aberta e os governos de Lipari e de Salina terão 30 dias para apresentar seus recursos sobre o caso.
A Justiça terá 90 dias para definir o caso.
Os produtores de Salina contam com o apoio das autoridades municipais, que defenderam a postura da ilha perante os representantes do Ministério de Políticas Agrárias da Itália.
"As alcaparras são um produto ligado a nossa ilha e isso é sabido desde o fim do século 19. Eu tenho 60 anos e me lembro de quando era criança e vinham de Messina, de Catânia, de outras cidades da Sicília e também de Lipari para comprar as alcaparras para revender", disse a prefeita de Malfa, Clara Rametta.
"A produção em outras ilhas é mais recente e, de qualquer maneira, tratam-se de quantidades muito pequenas. Há comerciantes que têm suas razões compreensíveis, mas não se pode defini-los como produtores só porque nos últimos dois anos começaram a cuidar de algumas plantas. Os produtores históricos são de Salina", acrescenta Rametta.
Para ela, Lipari só se interessou pelo DOP por conta de interesses econômicos para obter fundos europeus, mas dar o título a eles "seria uma falsidade histórica".
Normalmente, os produtores de uma região comemoram a aplicação do selo para um produto porque isso diferencia o item no mercado e garante a manutenção da tradição. No entanto, a batalha nas Eólias é inédito. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A briga ocorre entre a Ilha de Lipari, capital do arquipélago, e as três cidades da Ilha Salina - Santa Marina, Malfa e Leni - por conta da certificação de origem, a chamada DOP (Denominação de Origem Protegida).
Lipari quer certificar as alcaparras produzidas no local, o que inclui um rígido processo de produção, enquanto as outras três cidades se revoltaram porque se consideram as "autênticas donas" do alimento. Com isso, Santa Marina, Malfa e Leni não querem compartilhar o selo DOP com Lipari.
A batalha é tão séria que uma medida administrativa, com uma instrução ministerial, foi aberta e os governos de Lipari e de Salina terão 30 dias para apresentar seus recursos sobre o caso.
A Justiça terá 90 dias para definir o caso.
Os produtores de Salina contam com o apoio das autoridades municipais, que defenderam a postura da ilha perante os representantes do Ministério de Políticas Agrárias da Itália.
"As alcaparras são um produto ligado a nossa ilha e isso é sabido desde o fim do século 19. Eu tenho 60 anos e me lembro de quando era criança e vinham de Messina, de Catânia, de outras cidades da Sicília e também de Lipari para comprar as alcaparras para revender", disse a prefeita de Malfa, Clara Rametta.
"A produção em outras ilhas é mais recente e, de qualquer maneira, tratam-se de quantidades muito pequenas. Há comerciantes que têm suas razões compreensíveis, mas não se pode defini-los como produtores só porque nos últimos dois anos começaram a cuidar de algumas plantas. Os produtores históricos são de Salina", acrescenta Rametta.
Para ela, Lipari só se interessou pelo DOP por conta de interesses econômicos para obter fundos europeus, mas dar o título a eles "seria uma falsidade histórica".
Normalmente, os produtores de uma região comemoram a aplicação do selo para um produto porque isso diferencia o item no mercado e garante a manutenção da tradição. No entanto, a batalha nas Eólias é inédito. (ANSA)
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