Macron apresenta reforma trabalhista e causa polêmica
PARIS, 31 AGO (ANSA) - Em meio a uma drástica queda de popularidade e de confiança, o presidente da França, Emmanuel Macron, apresentou nesta quinta-feira (31) sua polêmica reforma trabalhista.
Segundo seu governo, essa medida vai "reparar o país" que sofre "há décadas com o desemprego em massa". O primeiro-ministro, Edouard Philippe, afirmou que a reforma é "ambiciosa, equilibrada e justa", baseada em um claro mandato dos eleitores franceses para "recuperar o tempo perdido".
"O direito ao trabalho não é claramente a primeira causa do desemprego na França, isso é claro, mas sabemos que se queremos progredir sobre a questão do trabalho todas as causas da desocupação precisam ser tratadas juntas", disse Philippe em pronunciamento.
De acordo com o premier, "ninguém acredita que o nossos Código de Trabalho favoreça às constratações".
No entanto, as centrais sindicais e todos os partidos de oposição são unânimes em criticar a reforma, que causou crises em todos os governos precedentes no país. Por conta disso, uma grande manifestação foi convocada para o dia 12 de setembro em Paris.
Conheça os principais pontos da reforma de Macron: O aspecto que mais causa dor de cabeça para os sindicatos são as ações que atingem as pequenas e médias empresas, aquelas que tem menos de 50 funcionários, que representam a metade dos trabalhadores da França.
Com a reforma, os funcionários poderão tratar diretamente com a diretoria das empresas, sem a obrigação da intermediação de um delegado sindical, as jornadas de trabalho e os salários - o que, para os sindicatos, enfraqueceria o respeito às regras dos funcionários e fortaleceria os patrões.
Outro ponto polêmico é sobre o "drástico" teto de ressarcimento para aqueles trabalhadores que recorrem aos tribunais em caso de demissão sem justa causa e a amortização das demissões de funcionários em caso de crise - que criaria as chamadas "demissões econômicas".
A ideia dessas medidas polêmicas é fazer com que as empresas contratem mais, dando mais flexibilidade para os patrões.
Uma dos pontos considerados positivos do texto é a possibilidade de aumento de 20% para 25% o valor das indenizações por demissões sem justa causa, uma concessão surgida após semanas de negociações com os sindicatos.
Outra questão que gerou muita polêmica é que a reforma será baixada através de decreto presidencial, após a apresentação do texto ao Conselho de Ministros. Para os sindicalistas, esse é mais um dos motivos para protestar no dia 12 de setembro, já que não haverá debate no Parlamento.
Macron conta com a maioria absoluta na Casa, que aprova o projeto, mas a retirada dos debates com a oposição foi muito criticada.
- Reprovação: Em uma pesquisa lançada na última semana, a reforma trabalhista de Macron é rejeitada por 60% dos franceses, que a consideram muito danosa para os trabalhadores.
Ainda naquele dia, um estudo mostrou que apenas 40% dos franceses estavam aprovando o presidente em seus primeiros 100 dias, uma queda drástica desde a sua eleição, e o índice mais baixo na comparação com todos os seus antecessores.
Hoje, outro levantamento mostrou o declínio de Macron entre seu povo. O índice de confiança medido pela Sofres-One Point, e publicado pelo "Figaro Magazine", caiu 13 pontos na comparação entre junho e julho.
Apenas 41% dos franceses entrevistados disse confiar em Macron e 39% confia no premier. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo seu governo, essa medida vai "reparar o país" que sofre "há décadas com o desemprego em massa". O primeiro-ministro, Edouard Philippe, afirmou que a reforma é "ambiciosa, equilibrada e justa", baseada em um claro mandato dos eleitores franceses para "recuperar o tempo perdido".
"O direito ao trabalho não é claramente a primeira causa do desemprego na França, isso é claro, mas sabemos que se queremos progredir sobre a questão do trabalho todas as causas da desocupação precisam ser tratadas juntas", disse Philippe em pronunciamento.
De acordo com o premier, "ninguém acredita que o nossos Código de Trabalho favoreça às constratações".
No entanto, as centrais sindicais e todos os partidos de oposição são unânimes em criticar a reforma, que causou crises em todos os governos precedentes no país. Por conta disso, uma grande manifestação foi convocada para o dia 12 de setembro em Paris.
Conheça os principais pontos da reforma de Macron: O aspecto que mais causa dor de cabeça para os sindicatos são as ações que atingem as pequenas e médias empresas, aquelas que tem menos de 50 funcionários, que representam a metade dos trabalhadores da França.
Com a reforma, os funcionários poderão tratar diretamente com a diretoria das empresas, sem a obrigação da intermediação de um delegado sindical, as jornadas de trabalho e os salários - o que, para os sindicatos, enfraqueceria o respeito às regras dos funcionários e fortaleceria os patrões.
Outro ponto polêmico é sobre o "drástico" teto de ressarcimento para aqueles trabalhadores que recorrem aos tribunais em caso de demissão sem justa causa e a amortização das demissões de funcionários em caso de crise - que criaria as chamadas "demissões econômicas".
A ideia dessas medidas polêmicas é fazer com que as empresas contratem mais, dando mais flexibilidade para os patrões.
Uma dos pontos considerados positivos do texto é a possibilidade de aumento de 20% para 25% o valor das indenizações por demissões sem justa causa, uma concessão surgida após semanas de negociações com os sindicatos.
Outra questão que gerou muita polêmica é que a reforma será baixada através de decreto presidencial, após a apresentação do texto ao Conselho de Ministros. Para os sindicalistas, esse é mais um dos motivos para protestar no dia 12 de setembro, já que não haverá debate no Parlamento.
Macron conta com a maioria absoluta na Casa, que aprova o projeto, mas a retirada dos debates com a oposição foi muito criticada.
- Reprovação: Em uma pesquisa lançada na última semana, a reforma trabalhista de Macron é rejeitada por 60% dos franceses, que a consideram muito danosa para os trabalhadores.
Ainda naquele dia, um estudo mostrou que apenas 40% dos franceses estavam aprovando o presidente em seus primeiros 100 dias, uma queda drástica desde a sua eleição, e o índice mais baixo na comparação com todos os seus antecessores.
Hoje, outro levantamento mostrou o declínio de Macron entre seu povo. O índice de confiança medido pela Sofres-One Point, e publicado pelo "Figaro Magazine", caiu 13 pontos na comparação entre junho e julho.
Apenas 41% dos franceses entrevistados disse confiar em Macron e 39% confia no premier. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.