Em Davos, Merkel ataca protecionismo e pede mundo integrado
DAVOS, 24 JAN (ANSA) - Como esperado, a chanceler alemã, Angela Merkel, fez um duro discurso durante sua participação em plenário no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, nesta quarta-feira (24).
Ao abrir seu pronunciamento, ela questionou se o mundo "aprendeu as lições da história" no 100º aniversário do início da Primeira Guerra Mundial.
"Hoje, 100 anos após a catástrofe da Grande Guerra, nós devemos perguntar para nós mesmos se aprendemos as lições da história. A geração nascida após a Segunda Guerra Mundial precisa provar que aprendeu as lições e isso não me parece ocorrer", disse ao iniciar seu discurso.
Para a chanceler, em uma clara referência às medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o mundo parece seguir para um caminho de isolacionismo e protecionismo.
"Protecionismo não é resposta, precisamos buscar respostas multilaterais. O isolamento não ajuda", acrescentou. Ela aproveitou para criticar o avanço dos discursos populistas, que ameaçam tanto a Europa como os outros países do mundo, e que "polarizam os assuntos" por todo o lugar.
"Se considerarmos que as coisas simplesmente não são justas, que não há reciprocidade, então devemos buscar respostas multilaterais e não buscar um caminho protecionista unilateral onde nos isolamos", disse em mais uma referência a Trump, que tem retirado o país de acordos internacionais por dizer que eles "não são justos" para os Estados Unidos.
Em outro ponto de seu discurso de cerca de 15 minutos, Merkel ainda falou sobre a revolução digital que o mundo vive e, voltando a pedir que o mundo não cometa os erros do século 20, pediu que os benefícios dessa revolução atinjam a população em geral.
"A nova economia digital cria boas oportunidades, mas cria também uma confusão enorme e as pessoas se sentem deixadas para trás. Nós precisamos criar um verdadeiro mercado econômico-social, que nós chamamos na Alemanha de 'era digital'", acrescentou.
Merkel também comentou rapidamente sobre a formação do novo governo alemão, com o Partido Social-Democrata, e disse que acredita que o processo será finalizado em breve.
Ela voltou a lamentar a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado "Brexit", mas disse que o bloco "precisa caminhar para frente" e que é necessário "ter uma UE cada vez mais integrada".
Ainda hoje, o francês Emmanuel Macron também discursa no evento.
Já Trump comparecerá à tribuna nesta sexta-feira (26). (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ao abrir seu pronunciamento, ela questionou se o mundo "aprendeu as lições da história" no 100º aniversário do início da Primeira Guerra Mundial.
"Hoje, 100 anos após a catástrofe da Grande Guerra, nós devemos perguntar para nós mesmos se aprendemos as lições da história. A geração nascida após a Segunda Guerra Mundial precisa provar que aprendeu as lições e isso não me parece ocorrer", disse ao iniciar seu discurso.
Para a chanceler, em uma clara referência às medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o mundo parece seguir para um caminho de isolacionismo e protecionismo.
"Protecionismo não é resposta, precisamos buscar respostas multilaterais. O isolamento não ajuda", acrescentou. Ela aproveitou para criticar o avanço dos discursos populistas, que ameaçam tanto a Europa como os outros países do mundo, e que "polarizam os assuntos" por todo o lugar.
"Se considerarmos que as coisas simplesmente não são justas, que não há reciprocidade, então devemos buscar respostas multilaterais e não buscar um caminho protecionista unilateral onde nos isolamos", disse em mais uma referência a Trump, que tem retirado o país de acordos internacionais por dizer que eles "não são justos" para os Estados Unidos.
Em outro ponto de seu discurso de cerca de 15 minutos, Merkel ainda falou sobre a revolução digital que o mundo vive e, voltando a pedir que o mundo não cometa os erros do século 20, pediu que os benefícios dessa revolução atinjam a população em geral.
"A nova economia digital cria boas oportunidades, mas cria também uma confusão enorme e as pessoas se sentem deixadas para trás. Nós precisamos criar um verdadeiro mercado econômico-social, que nós chamamos na Alemanha de 'era digital'", acrescentou.
Merkel também comentou rapidamente sobre a formação do novo governo alemão, com o Partido Social-Democrata, e disse que acredita que o processo será finalizado em breve.
Ela voltou a lamentar a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado "Brexit", mas disse que o bloco "precisa caminhar para frente" e que é necessário "ter uma UE cada vez mais integrada".
Ainda hoje, o francês Emmanuel Macron também discursa no evento.
Já Trump comparecerá à tribuna nesta sexta-feira (26). (ANSA)
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