'Não me vejo como ministro de Di Maio', diz Salvini
ROMA, 28 MAR (ANSA) - Às vésperas do início das consultas com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, para a formação do novo governo, os dois principais postulantes à cadeira de primeiro-ministro, Matteo Salvini e Luigi Di Maio, trocaram farpas por meio da imprensa e deixaram claro que a possibilidade de um acordo ainda é remota.
Secretário da ultranacionalista Liga, partido mais votado dentro da coalizão de direita, que tem cerca de 42% dos assentos no Senado e na Câmara dos Deputados, voltou a rechaçar a hipótese de integrar um governo guiado por Di Maio, líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
"Não me vejo como ministro de um governo Di Maio. A centro-direita teve mais votos, e acho que o candidato a presidente do Conselho [primeiro-ministro] deva ser da centro-direita. Somos generosos, mas não tanto", afirmou Salvini a uma rádio italiana.
Além disso, ele já cogita até a hipótese de voltar às urnas, única opção que restará a Mattarella se não houver acordo para empossar um novo premier. "Não irei para um encargo no escuro.
Eu vou se tiver uma possibilidade de dar um governo em curto prazo aos italianos. Ou começa um governo, ou vamos imediatamente ao voto", acrescentou.
O M5S possui 34% das cadeiras no Senado e 35% na Câmara, mas não abre mão de liderar o novo governo, já que foi o partido mais votado nas eleições de 4 de março. "Salvini diz que precisa de 50 votos. Quer fazer o governo com os 50 votos do PD [Partido Democrático], de Renzi, em acordo com Berlusconi? Boa sorte", disse Di Maio no Twitter.
Além de uma eventual aliança entre M5S e direita, o único que poderia garantir uma maioria parlamentar a um dos dois grupos é o PD, de centro-esquerda e que governou nos últimos cinco anos.
O partido de Matteo Renzi e Paolo Gentiloni tem 16% das cadeiras do Senado e 17% na Câmara, mas não está disposto a participar de nenhuma coalizão.
"Os votos do PD não estão à disposição", declarou o líder da legenda na Câmara, Graziano Delrio. Enquanto isso, o M5S convidou todos os partidos para conversas prévias sobre programa de governo, mas o PD já disse que não participará de nenhuma tratativa antes das consultas com o presidente da República.
Mattarella começará a chamar os partidos no dia 4 de abril, e o processo deve durar até o fim da semana. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Secretário da ultranacionalista Liga, partido mais votado dentro da coalizão de direita, que tem cerca de 42% dos assentos no Senado e na Câmara dos Deputados, voltou a rechaçar a hipótese de integrar um governo guiado por Di Maio, líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
"Não me vejo como ministro de um governo Di Maio. A centro-direita teve mais votos, e acho que o candidato a presidente do Conselho [primeiro-ministro] deva ser da centro-direita. Somos generosos, mas não tanto", afirmou Salvini a uma rádio italiana.
Além disso, ele já cogita até a hipótese de voltar às urnas, única opção que restará a Mattarella se não houver acordo para empossar um novo premier. "Não irei para um encargo no escuro.
Eu vou se tiver uma possibilidade de dar um governo em curto prazo aos italianos. Ou começa um governo, ou vamos imediatamente ao voto", acrescentou.
O M5S possui 34% das cadeiras no Senado e 35% na Câmara, mas não abre mão de liderar o novo governo, já que foi o partido mais votado nas eleições de 4 de março. "Salvini diz que precisa de 50 votos. Quer fazer o governo com os 50 votos do PD [Partido Democrático], de Renzi, em acordo com Berlusconi? Boa sorte", disse Di Maio no Twitter.
Além de uma eventual aliança entre M5S e direita, o único que poderia garantir uma maioria parlamentar a um dos dois grupos é o PD, de centro-esquerda e que governou nos últimos cinco anos.
O partido de Matteo Renzi e Paolo Gentiloni tem 16% das cadeiras do Senado e 17% na Câmara, mas não está disposto a participar de nenhuma coalizão.
"Os votos do PD não estão à disposição", declarou o líder da legenda na Câmara, Graziano Delrio. Enquanto isso, o M5S convidou todos os partidos para conversas prévias sobre programa de governo, mas o PD já disse que não participará de nenhuma tratativa antes das consultas com o presidente da República.
Mattarella começará a chamar os partidos no dia 4 de abril, e o processo deve durar até o fim da semana. (ANSA)
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