Na Via Crucis,Papa pede vergonha e esperança para humanidade
ROMA, 30 MAR (ANSA) - Sob um forte esquema de segurança antiterrorismo, o papa Francisco presidiu na noite desta sexta-feira (30) a Via Crucis, tradicional rito das celebrações de Páscoa, no Coliseu de Roma. "Olhe para o Cristo Crucificado, n'Ele brota a esperança que dura para a vida eterna", escreveu o líder católico no Twitter momentos antes de se dirigir ao monumento.
Durante a cerimônia, que teve início às 21h15 (horário local) e reuniu cerca a de 20 mil fiéis, o Papa pediu "vergonha para quem, mesmo na Igreja, perdeu a dignidade" e esperança para a humanidade.
"Sentimos a vergonha de ter escolhido o poder e não você, a aparência e não você, o deus dinheiro e não você, a mundanidade e não a eternidade", ressaltou o Pontífice.
Para Francisco, "as pessoas e até mesmo alguns de seus ministros se deixam enganar pela ambição e pela vaidade, perdendo sua dignidade e seu primeiro amor".
Em sua oração, Jorge Mario Bergoglio também expressou "vergonha porque nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo fraturado por divisões e guerras, um mundo devorado pelo egoísmo, onde jovens, crianças, doentes e idosos são marginalizados".
Além disso, ele ressaltou a "vergonha de ter perdido a vergonha".
A Via Crucis revive as etapas do calvário de Jesus, de sua condenação à morte até sua crucificação e sepultura. Entre as pessoas que carregaram a cruz estão uma família síria de cinco pessoas de Damasco e freiras dominicanas do Iraque.
Neste ano, os textos das meditações nas 14 estações da procissão foram escritos por 15 jovens entre 16 e 27 anos. Esta é a primeira vez que as mensagens são feitas por adolescentes.
Nos últimos meses, o Papa tem feito diversos alertas para a juventude, considerando que os jovens são os principais descartados da atualidade, mas, ao mesmo tempo, a esperança para uma humanidade melhor.
"Continuem a consagrar suas vidas tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo, devorado pela lógica do lucro e do lucro fácil", alertou.
Francisco acrescentou que os jovens são "a esperança de tantos missionários e os missionários continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade arriscando suas vidas para servir os pobres, os descartados, os imigrantes, os invisíveis, os explorados, os famintos e os presos".
A igreja, santa e composta de pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la. Ela é uma luz que ilumina, encoraja, suscita e presencia o seu amor ilimitado pela humanidade. Um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e verdade", acrescentou.
Por fim, o Santo Padre lembrou da "cobiça e covardia de tantos advogados e hipócritas". "Ajude-nos a despir-se da arrogância, da míope e corrupta que viu em você uma oportunidade de ser explorado".
Após encerrar a oração, o papa Francisco saudou os jovens autores dos textos das meditações e a professora que coordenava o grupo, Andrea Monda. (ANSA).
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Durante a cerimônia, que teve início às 21h15 (horário local) e reuniu cerca a de 20 mil fiéis, o Papa pediu "vergonha para quem, mesmo na Igreja, perdeu a dignidade" e esperança para a humanidade.
"Sentimos a vergonha de ter escolhido o poder e não você, a aparência e não você, o deus dinheiro e não você, a mundanidade e não a eternidade", ressaltou o Pontífice.
Para Francisco, "as pessoas e até mesmo alguns de seus ministros se deixam enganar pela ambição e pela vaidade, perdendo sua dignidade e seu primeiro amor".
Em sua oração, Jorge Mario Bergoglio também expressou "vergonha porque nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo fraturado por divisões e guerras, um mundo devorado pelo egoísmo, onde jovens, crianças, doentes e idosos são marginalizados".
Além disso, ele ressaltou a "vergonha de ter perdido a vergonha".
A Via Crucis revive as etapas do calvário de Jesus, de sua condenação à morte até sua crucificação e sepultura. Entre as pessoas que carregaram a cruz estão uma família síria de cinco pessoas de Damasco e freiras dominicanas do Iraque.
Neste ano, os textos das meditações nas 14 estações da procissão foram escritos por 15 jovens entre 16 e 27 anos. Esta é a primeira vez que as mensagens são feitas por adolescentes.
Nos últimos meses, o Papa tem feito diversos alertas para a juventude, considerando que os jovens são os principais descartados da atualidade, mas, ao mesmo tempo, a esperança para uma humanidade melhor.
"Continuem a consagrar suas vidas tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo, devorado pela lógica do lucro e do lucro fácil", alertou.
Francisco acrescentou que os jovens são "a esperança de tantos missionários e os missionários continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade arriscando suas vidas para servir os pobres, os descartados, os imigrantes, os invisíveis, os explorados, os famintos e os presos".
A igreja, santa e composta de pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la. Ela é uma luz que ilumina, encoraja, suscita e presencia o seu amor ilimitado pela humanidade. Um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e verdade", acrescentou.
Por fim, o Santo Padre lembrou da "cobiça e covardia de tantos advogados e hipócritas". "Ajude-nos a despir-se da arrogância, da míope e corrupta que viu em você uma oportunidade de ser explorado".
Após encerrar a oração, o papa Francisco saudou os jovens autores dos textos das meditações e a professora que coordenava o grupo, Andrea Monda. (ANSA).
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