M5S deixa possível negociação de governo nas mãos do PD
ROMA, 26 ABR (ANSA) - O presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Roberto Fico, encerrou nesta quinta-feira (26) seu "mandato exploratório" para tentar dar um novo governo ao país e confirmou que sua legenda, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), abriu diálogo com o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.
Após se encontrar com o presidente da República, Sergio Mattarella, Fico disse que seu mandato termina com "êxito positivo" e que agora é preciso esperar uma decisão da direção do PD, que se reunirá no próximo dia 3 de maio.
O partido é liderado de forma interina pelo ex-ministro de Políticas Agrícolas Maurizio Martina, favorável a uma abertura ao M5S, mas a maior parte dos membros do diretório "dem" é fiel ao ex-premier Matteo Renzi, que, até aqui, não vê com bons olhos um possível acordo com o movimento.
"Acho que é importante e razoável se concentrar em temas e programas, que é aquilo que pedem os cidadãos", declarou Fico, cotado como um eventual primeiro-ministro mais fácil de digerir para o PD do que o líder do M5S, Luigi Di Maio.
"O otimismo do presidente Fico é surpreendente. Com a lógica do fato consumado não se vai a lugar nenhum. A direção do PD, que é uma coisa séria, decidirá se abre ou não um diálogo com o M5S", afirmou o líder do partido no Senado, Andrea Marcucci, próximo a Renzi.
Além das dificuldades nas negociações entre duas forças rivais, há o fato de que um eventual governo M5S-PD teria uma maioria muito estreita no Parlamento - bastaria a oposição do agora senador Renzi para barrar um voto de confiança a Di Maio, que não abre mão da cadeira de premier.
Na Itália, a sensação é de que essa é a última chance para evitar eleições antecipadas, uma hipótese que o presidente Mattarella tenta evitar a todo custo, já que as urnas não mudariam radicalmente a composição atual do Parlamento. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Após se encontrar com o presidente da República, Sergio Mattarella, Fico disse que seu mandato termina com "êxito positivo" e que agora é preciso esperar uma decisão da direção do PD, que se reunirá no próximo dia 3 de maio.
O partido é liderado de forma interina pelo ex-ministro de Políticas Agrícolas Maurizio Martina, favorável a uma abertura ao M5S, mas a maior parte dos membros do diretório "dem" é fiel ao ex-premier Matteo Renzi, que, até aqui, não vê com bons olhos um possível acordo com o movimento.
"Acho que é importante e razoável se concentrar em temas e programas, que é aquilo que pedem os cidadãos", declarou Fico, cotado como um eventual primeiro-ministro mais fácil de digerir para o PD do que o líder do M5S, Luigi Di Maio.
"O otimismo do presidente Fico é surpreendente. Com a lógica do fato consumado não se vai a lugar nenhum. A direção do PD, que é uma coisa séria, decidirá se abre ou não um diálogo com o M5S", afirmou o líder do partido no Senado, Andrea Marcucci, próximo a Renzi.
Além das dificuldades nas negociações entre duas forças rivais, há o fato de que um eventual governo M5S-PD teria uma maioria muito estreita no Parlamento - bastaria a oposição do agora senador Renzi para barrar um voto de confiança a Di Maio, que não abre mão da cadeira de premier.
Na Itália, a sensação é de que essa é a última chance para evitar eleições antecipadas, uma hipótese que o presidente Mattarella tenta evitar a todo custo, já que as urnas não mudariam radicalmente a composição atual do Parlamento. (ANSA)
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