Após 10 horas, Itália autoriza desembarque de 67 migrantes
INNSBRUCK E ROMA, 12 JUL (ANSA) - Após quase 10 horas de espera, o Ministério do Interior da Itália deu autorização para 67 deslocados externos a bordo de um navio da Guarda Costeira descerem no porto de Trapani, na Sicília, onde a embarcação está atracada desde o início da tarde desta quinta-feira (12).
Os migrantes forçados foram resgatados no Mar Mediterrâneo por um rebocador privado de bandeira italiana, o Vos Thalassa, mas acabaram transferidos para o navio Diciotti após denúncias de ameaças de morte contra a tripulação.
Os primeiros a descer foram os dois homens investigados pelo Ministério Público de Trapani por violência agravada contra a equipe do Vos Thalassa, o sudanês Ibrahim Bushara e o ganense Hamid Ibrahim, ambos escoltados pela polícia.
"Eu não estou brincando. Enquanto não for esclarecido o que ocorreu, não autorizo ninguém a descer do Diciotti. Se alguém o fizer em meu lugar, assumirá a responsabilidade", havia dito durante a tarde o ministro do Interior Matteo Salvini, que controla as forças de segurança da Itália.
O recado era direcionado ao ministro dos Transportes Danilo Toninelli, a quem as autoridades portuárias devem subordinação.
Salvini é secretário da ultranacionalista Liga, enquanto Toninelli é expoente do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), os dois partidos que governam a Itália desde 1º de junho.
"Ou os armadores [do Von Thalassa] mentiram ao denunciar agressões que não aconteceram, ou então houve agressão e os responsáveis devem pagar", acrescentara Salvini. Não há inquéritos contra nenhuma das outras 65 pessoas que estavam a bordo do Diciotti, a maioria delas do Paquistão (23), do Sudão (12), da Líbia (10) e da Palestina (sete). Também há migrantes de Marrocos, Argélia, Bangladesh, Chade, Egito, Gana, Nepal e Iêmen.
O caso foi acompanhado de perto pelo presidente da República, Sergio Mattarella, que é defensor do acolhimento. Já Salvini é o artífice do endurecimento das políticas migratórias da Itália, que fechou seus portos para navios de ONGs e quer que as pessoas resgatadas no mar sejam devolvidas à Líbia.
Na primeira metade de 2018, segundo o próprio governo italiano, o número de deslocados externos que chegam nos portos do país caiu mais de 80%. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os migrantes forçados foram resgatados no Mar Mediterrâneo por um rebocador privado de bandeira italiana, o Vos Thalassa, mas acabaram transferidos para o navio Diciotti após denúncias de ameaças de morte contra a tripulação.
Os primeiros a descer foram os dois homens investigados pelo Ministério Público de Trapani por violência agravada contra a equipe do Vos Thalassa, o sudanês Ibrahim Bushara e o ganense Hamid Ibrahim, ambos escoltados pela polícia.
"Eu não estou brincando. Enquanto não for esclarecido o que ocorreu, não autorizo ninguém a descer do Diciotti. Se alguém o fizer em meu lugar, assumirá a responsabilidade", havia dito durante a tarde o ministro do Interior Matteo Salvini, que controla as forças de segurança da Itália.
O recado era direcionado ao ministro dos Transportes Danilo Toninelli, a quem as autoridades portuárias devem subordinação.
Salvini é secretário da ultranacionalista Liga, enquanto Toninelli é expoente do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), os dois partidos que governam a Itália desde 1º de junho.
"Ou os armadores [do Von Thalassa] mentiram ao denunciar agressões que não aconteceram, ou então houve agressão e os responsáveis devem pagar", acrescentara Salvini. Não há inquéritos contra nenhuma das outras 65 pessoas que estavam a bordo do Diciotti, a maioria delas do Paquistão (23), do Sudão (12), da Líbia (10) e da Palestina (sete). Também há migrantes de Marrocos, Argélia, Bangladesh, Chade, Egito, Gana, Nepal e Iêmen.
O caso foi acompanhado de perto pelo presidente da República, Sergio Mattarella, que é defensor do acolhimento. Já Salvini é o artífice do endurecimento das políticas migratórias da Itália, que fechou seus portos para navios de ONGs e quer que as pessoas resgatadas no mar sejam devolvidas à Líbia.
Na primeira metade de 2018, segundo o próprio governo italiano, o número de deslocados externos que chegam nos portos do país caiu mais de 80%. (ANSA)
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