Peru deve receber 20 mil venezuelanos até este sábado
ROMA, 24 AGO (ANSA) - As autoridades do Peru esperam receber mais de 20 mil venezuelanos até este sábado (25), dia em que entrará em vigor uma mudança nas normas sobre o fluxo migratório na fronteira, que tornará obrigatória a apresentação de passaporte.
As informações são de uma fonte oficial do Peru, citada pela imprensa latino-americana. A partir das 12h de sábado, o país impedirá o ingresso de venezuelanos que não estiverem com o passaporte, medida já implantada no vizinho Equador no último sábado (18).
Para contornar a situação, o próprio Equador adotou medidas para ajudar os migrantes. A província de Pichincha criou um "corredor humanitário" com seis ônibus que transportarão os venezuelanos da fronteira com a Colômbia à divisa com o Peru antes que a restrição entre em vigor.
O requisito de passaporte foi anunciado na sexta-feira passada (17) pelo primeiro-ministro peruano, César Villanueva, poucos dias depois de a polícia nacional ter relatado que 15 membros da organização criminal "El Tren de Aragua" entraram no país usando documentos falsos.
Além disso, um desses membros foi preso e confessou que cometera seis homicídios em seu país. Villanueva afirmou que a carteira de identidade venezuelana é facilmente falsificável e que a restrição imposta ajudará a reforçar a segurança do país.
Outra medida anunciada pelo governo peruano é a diminuição do prazo para que venezuelanos façam o pedido da Permissão Temporária de Permanência (PTP), que possibilita moradia e trabalho legais no país. De 31 de dezembro, a data foi alterada para 31 de outubro.
Por outro lado, a ONG União Venezuelana no Peru enviou uma carta ao Ministério das Relações Exteriores de Lima para pedir que seja considerada a possibilidade de permitir a entrada de crianças, mulheres grávidas, adolescentes, doentes crônicos e idosos venezuelanos sem passaporte, "por razões humanitárias".
Igreja - Em oposição à decisão do governo equatoriano de impor a obrigatoriedade do passaporte, a Igreja Católica no país se uniu a organizações civis e a órgãos públicos e privados para que a medida seja barrada. As informações são do periódico "El Comercio".
O presidente da Conferência Episcopal do Equador, Eugenio Arellano, pediu ao presidente Lenín Moreno o cancelamento "imediato de todas as leis e regulamentos que estão bloqueando os migrantes na fronteira".
Segundo as autoridades da Igreja, o requisito do passaporte pune as vítimas da crise humanitária e não o regime de Nicolás Maduro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
As informações são de uma fonte oficial do Peru, citada pela imprensa latino-americana. A partir das 12h de sábado, o país impedirá o ingresso de venezuelanos que não estiverem com o passaporte, medida já implantada no vizinho Equador no último sábado (18).
Para contornar a situação, o próprio Equador adotou medidas para ajudar os migrantes. A província de Pichincha criou um "corredor humanitário" com seis ônibus que transportarão os venezuelanos da fronteira com a Colômbia à divisa com o Peru antes que a restrição entre em vigor.
O requisito de passaporte foi anunciado na sexta-feira passada (17) pelo primeiro-ministro peruano, César Villanueva, poucos dias depois de a polícia nacional ter relatado que 15 membros da organização criminal "El Tren de Aragua" entraram no país usando documentos falsos.
Além disso, um desses membros foi preso e confessou que cometera seis homicídios em seu país. Villanueva afirmou que a carteira de identidade venezuelana é facilmente falsificável e que a restrição imposta ajudará a reforçar a segurança do país.
Outra medida anunciada pelo governo peruano é a diminuição do prazo para que venezuelanos façam o pedido da Permissão Temporária de Permanência (PTP), que possibilita moradia e trabalho legais no país. De 31 de dezembro, a data foi alterada para 31 de outubro.
Por outro lado, a ONG União Venezuelana no Peru enviou uma carta ao Ministério das Relações Exteriores de Lima para pedir que seja considerada a possibilidade de permitir a entrada de crianças, mulheres grávidas, adolescentes, doentes crônicos e idosos venezuelanos sem passaporte, "por razões humanitárias".
Igreja - Em oposição à decisão do governo equatoriano de impor a obrigatoriedade do passaporte, a Igreja Católica no país se uniu a organizações civis e a órgãos públicos e privados para que a medida seja barrada. As informações são do periódico "El Comercio".
O presidente da Conferência Episcopal do Equador, Eugenio Arellano, pediu ao presidente Lenín Moreno o cancelamento "imediato de todas as leis e regulamentos que estão bloqueando os migrantes na fronteira".
Segundo as autoridades da Igreja, o requisito do passaporte pune as vítimas da crise humanitária e não o regime de Nicolás Maduro. (ANSA)
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