John McCain deve ser sepultado em Maryland
NOVA YORK, 26 AGO (ANSA) - Morreu neste sábado (25), aos 81 anos de idade, o senador norte-americano John McCain, candidato à Presidência dos Estados Unidos em 2008.
Veterano de guerra e adversário de Donald Trump dentro do Partido Republicano, McCain lutava contra um tumor cerebral agressivo desde julho de 2017 e decidira interromper o tratamento na última sexta-feira (24).
"Meus mais profundos afeto e respeito para a família do senador John McCain. Nossos corações e orações estão com vocês", escreveu Trump no Twitter.
O senador nunca escondeu o ceticismo em relação ao magnata republicano e boicotou a convenção republicana que o tornou candidato à Casa Branca, além de ter criticado seus projetos para revogar a reforma sanitária de Barack Obama e seus ataques à imprensa.
Segundo a mídia norte-americana, McCain teria expressado a vontade de que Trump não fosse convidado para seu funeral.
"McCain compartilhava comigo a fidelidade a algo mais elevado, ou seja, os ideais pelos quais gerações de americanos e imigrantes combateram", disse o ex-presidente Obama.
Já seu antecessor, George W. Bush, afirmou que o senador era um "patriota". Por sua vez, o também ex-mandatário Bill Clinton declarou que McCain era "tenaz" e elogiou seus esforços para normalizar as relações com o Vietnã.
O corpo do republicano será velado no Arizona, sua base eleitoral, e no Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington. McCain deve ser sepultado em Annapolis, no estado de Maryland.
Histórico - Senador pelo Arizona desde 1987, John Sidney McCain III nasceu na Zona do Canal do Panamá, em 29 de agosto de 1936, e se formou na Academia Naval de Annapolis, em 1958. Cerca de uma década mais tarde, seria mandado para a Guerra do Vietnã, onde teve seu avião abatido durante uma missão de bombardeio aéreo.
McCain conseguiu se ejetar e caiu em um lago de Hanói, com os braços e uma perna quebrados. Ainda assim, conseguiu inflar o colete salva-vidas, mas acabou capturado por vietcongues ao chegar à margem e foi levado para uma prisão de guerra chamada "Hanoi Hilton".
O militar passou mais de cinco anos sob poder dos vietnamitas do norte, período durante o qual foi torturado e tentou se suicidar duas vezes. Também foi usado como peça de propaganda no país asiático, já que era filho do almirante que comandava as forças norte-americanas no Pacífico.
Libertado em 1973, McCain voltou para os Estados Unidos e passou a frequentar o Senado como funcionário da Marinha. Em 1981, suas nascentes pretensões políticas sofreram um golpe com a decisão de sua esposa, Carol, de se divorciar por causa das traições do marido. "Era um homem egoísta e imaturo", reconheceu McCain certa vez.
Pouco depois, se casou com Cindy Hensley, herdeira de um magnata da indústria cervejeira, e se mudou para o Arizona, onde seria eleito senador sucessivas vezes. Em 2000, tentou se candidatar à Presidência, mas perdeu nas primárias para George W. Bush.
Em 2008, conseguiu concorrer à Casa Branca, mas foi derrotado por Obama (52,9% a 45,7%, 365 a 173 no colégio eleitoral).
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Veterano de guerra e adversário de Donald Trump dentro do Partido Republicano, McCain lutava contra um tumor cerebral agressivo desde julho de 2017 e decidira interromper o tratamento na última sexta-feira (24).
"Meus mais profundos afeto e respeito para a família do senador John McCain. Nossos corações e orações estão com vocês", escreveu Trump no Twitter.
O senador nunca escondeu o ceticismo em relação ao magnata republicano e boicotou a convenção republicana que o tornou candidato à Casa Branca, além de ter criticado seus projetos para revogar a reforma sanitária de Barack Obama e seus ataques à imprensa.
Segundo a mídia norte-americana, McCain teria expressado a vontade de que Trump não fosse convidado para seu funeral.
"McCain compartilhava comigo a fidelidade a algo mais elevado, ou seja, os ideais pelos quais gerações de americanos e imigrantes combateram", disse o ex-presidente Obama.
Já seu antecessor, George W. Bush, afirmou que o senador era um "patriota". Por sua vez, o também ex-mandatário Bill Clinton declarou que McCain era "tenaz" e elogiou seus esforços para normalizar as relações com o Vietnã.
O corpo do republicano será velado no Arizona, sua base eleitoral, e no Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington. McCain deve ser sepultado em Annapolis, no estado de Maryland.
Histórico - Senador pelo Arizona desde 1987, John Sidney McCain III nasceu na Zona do Canal do Panamá, em 29 de agosto de 1936, e se formou na Academia Naval de Annapolis, em 1958. Cerca de uma década mais tarde, seria mandado para a Guerra do Vietnã, onde teve seu avião abatido durante uma missão de bombardeio aéreo.
McCain conseguiu se ejetar e caiu em um lago de Hanói, com os braços e uma perna quebrados. Ainda assim, conseguiu inflar o colete salva-vidas, mas acabou capturado por vietcongues ao chegar à margem e foi levado para uma prisão de guerra chamada "Hanoi Hilton".
O militar passou mais de cinco anos sob poder dos vietnamitas do norte, período durante o qual foi torturado e tentou se suicidar duas vezes. Também foi usado como peça de propaganda no país asiático, já que era filho do almirante que comandava as forças norte-americanas no Pacífico.
Libertado em 1973, McCain voltou para os Estados Unidos e passou a frequentar o Senado como funcionário da Marinha. Em 1981, suas nascentes pretensões políticas sofreram um golpe com a decisão de sua esposa, Carol, de se divorciar por causa das traições do marido. "Era um homem egoísta e imaturo", reconheceu McCain certa vez.
Pouco depois, se casou com Cindy Hensley, herdeira de um magnata da indústria cervejeira, e se mudou para o Arizona, onde seria eleito senador sucessivas vezes. Em 2000, tentou se candidatar à Presidência, mas perdeu nas primárias para George W. Bush.
Em 2008, conseguiu concorrer à Casa Branca, mas foi derrotado por Obama (52,9% a 45,7%, 365 a 173 no colégio eleitoral).
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