Maduro rompe relações com Colômbia e oferece pagar por ajuda
ROMA, 23 FEV (ANSA) - No "dia D" designado por Juan Guaidó para a entrada de ajuda humanitária na Venezuela, o presidente em exercício Nicolás Maduro rompeu neste sábado (23) "todas as relações diplomáticas e políticas" com o governo da Colômbia e acusou o país de tramar com Donald Trump uma intervenção militar para derrubá-lo.
Falando durante mais de uma hora para uma multidão de chavistas em Caracas, Maduro tentou demonstrar força em um dia de tensão nas fronteiras e reiterou que não pretende abrir mão do poder.
"Nunca um presidente da Colômbia [Iván Duque] odiou tanto a Venezuela. Até agora eu tive paciência, porque amo o povo colombiano, que é um povo órfão", disse.
Ao anunciar o rompimento das relações, o mandatário venezuelano deu 24 horas para todos os diplomatas colombianos saírem do país. Duque, a quem Maduro chamou de "fascista", é um dos principais aliados de Guaidó, que cruzou a fronteira e tentou guiar um comboio de ajuda humanitária a partir de Cúcuta.
Em seu discurso, Maduro ironizou o fato de seu adversário não ter convocado novas eleições, já que termina neste sábado o prazo de 30 dias estipulado pela Constituição em caso de vacância da Presidência. "Convoque eleições e vamos ver quem tem mais votos", disse.
Esperava-se que Guaidó pudesse anunciar eleições neste sábado, embora não tenha poder sobre a máquina do governo, mas ele não tocou no assunto em seu pronunciamento em Cúcuta. "Estou mais maduro do que nunca, pronto para continuar governando por muitos anos. O golpe fracassou, o que vão fazer agora?", ironizou o chavista.
Maduro também garantiu que o regime tem "planos para todos os cenários" e instou seus apoiadores a iniciarem uma "grande revolução proletária" caso aconteça "alguma coisa" com ele. O presidente ainda se ofereceu para receber ajuda humanitária da União Europeia e do Brasil, mas desde que "pagando" pelos alimentos e remédios.
"Mandei uma mensagem ao Brasil dizendo que estamos dispostos, como sempre estivemos, a comprar todo o arroz, todo o açúcar, todo o leite em pó, toda a carne que vocês queiram vender. Não somos mendigos, somos gente honrada", disse.
Sobre a ajuda reunida em Cúcuta, na Colômbia, o chavista afirmou tratar-se de alimentos vencidos e "cancerígenos" e acrescentou que ao menos duas pessoas já morreram por comer esses produtos, porém sem dar nenhuma prova.
Ajuda - Cerca de 10 caminhões partiram de Cúcuta para tentar entrar na Venezuela com ajuda humanitária. Já no Brasil, duas camionetes saíram de Boa Vista, capital de Roraima, e chegaram a entrar em território venezuelano.
Em nenhum dos casos, no entanto, os veículos conseguiram superar os bloqueios das forças de segurança. Houve confrontos na fronteira brasileira e na colombiana, especialmente em Ureña, vizinha a Cúcuta.
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter manifestantes, que tentaram desmontar os bloqueios. Já a ONG de oposição Foro Penal diz que quatro pessoas morreram em Santa Elena de Uairén, na divisa com o Brasil. Os manifestantes teriam sido mortos por milícias chavistas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Falando durante mais de uma hora para uma multidão de chavistas em Caracas, Maduro tentou demonstrar força em um dia de tensão nas fronteiras e reiterou que não pretende abrir mão do poder.
"Nunca um presidente da Colômbia [Iván Duque] odiou tanto a Venezuela. Até agora eu tive paciência, porque amo o povo colombiano, que é um povo órfão", disse.
Ao anunciar o rompimento das relações, o mandatário venezuelano deu 24 horas para todos os diplomatas colombianos saírem do país. Duque, a quem Maduro chamou de "fascista", é um dos principais aliados de Guaidó, que cruzou a fronteira e tentou guiar um comboio de ajuda humanitária a partir de Cúcuta.
Em seu discurso, Maduro ironizou o fato de seu adversário não ter convocado novas eleições, já que termina neste sábado o prazo de 30 dias estipulado pela Constituição em caso de vacância da Presidência. "Convoque eleições e vamos ver quem tem mais votos", disse.
Esperava-se que Guaidó pudesse anunciar eleições neste sábado, embora não tenha poder sobre a máquina do governo, mas ele não tocou no assunto em seu pronunciamento em Cúcuta. "Estou mais maduro do que nunca, pronto para continuar governando por muitos anos. O golpe fracassou, o que vão fazer agora?", ironizou o chavista.
Maduro também garantiu que o regime tem "planos para todos os cenários" e instou seus apoiadores a iniciarem uma "grande revolução proletária" caso aconteça "alguma coisa" com ele. O presidente ainda se ofereceu para receber ajuda humanitária da União Europeia e do Brasil, mas desde que "pagando" pelos alimentos e remédios.
"Mandei uma mensagem ao Brasil dizendo que estamos dispostos, como sempre estivemos, a comprar todo o arroz, todo o açúcar, todo o leite em pó, toda a carne que vocês queiram vender. Não somos mendigos, somos gente honrada", disse.
Sobre a ajuda reunida em Cúcuta, na Colômbia, o chavista afirmou tratar-se de alimentos vencidos e "cancerígenos" e acrescentou que ao menos duas pessoas já morreram por comer esses produtos, porém sem dar nenhuma prova.
Ajuda - Cerca de 10 caminhões partiram de Cúcuta para tentar entrar na Venezuela com ajuda humanitária. Já no Brasil, duas camionetes saíram de Boa Vista, capital de Roraima, e chegaram a entrar em território venezuelano.
Em nenhum dos casos, no entanto, os veículos conseguiram superar os bloqueios das forças de segurança. Houve confrontos na fronteira brasileira e na colombiana, especialmente em Ureña, vizinha a Cúcuta.
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter manifestantes, que tentaram desmontar os bloqueios. Já a ONG de oposição Foro Penal diz que quatro pessoas morreram em Santa Elena de Uairén, na divisa com o Brasil. Os manifestantes teriam sido mortos por milícias chavistas. (ANSA)
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