Xi Jinping chega à Itália com 'Nova Rota da Seda' na mira
ROMA, 21 MAR (ANSA) - O presidente da China, Xi Jinping, inicia nesta quinta-feira (21) uma viagem oficial à Itália, como parte de um giro pela Europa, e a qual deve culminar com a assinatura de um memorando de adesão de Roma à chamada "Nova Rota da Seda" ("Belt and Road Initiative", BRI). A Itália dá sinais de que será o primeiro país do G7 a apoiar um dos principais e mais ambiciosos projetos de Xi Jinping, o qual prevê a construção de ferrovias, portos e pontos de infraestrutura em 65 países que compõem as antigas rotas comerciais da seda, interconectando Ásia, Europa e África. No entanto, a decisão de Roma tem gerado polêmica - e críticas- da União Europeia e do aliado Estados Unidos, que sugerem que os países mantenham uma posição única em relação ao megaprojeto chinês. Enquanto o governo italiano assegura que o acordo favorecerá as exportações para a China, a UE e seus aliados temem o impacto político, como concessões italianas a Pequim, além de rachas entre os países do bloco europeu.
Dentro do governo italiano, formado pelos partidos Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga Norte, o nome mais próximo da China é o de Michele Geraci, subsecretário de Desenvolvimento Econômico, que morou no país asiático por mais de uma década.
Geraci, assim como o presidente italiano, Sergio Mattarella, é originário da cidade de Palermo, na Sicília, um dos locais a serem visitados por Xi durante sua passagem de três dias pela Itália.
Xi chega a Roma na noite de hoje, acompanhado da primeira-dama Peng Liyuan e de uma delegação de 500 pessoas. Ele ficará na capital italiana até sábado, quando parte para Palermo, após a assinatura do memorando da Rota da Seda, agendada para o dia 23.
Na capital, Xi se reunirá com Mattarella e com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados da Itália, Elisabetta Casellati e Roberto Fico, respectivamente. O líder chinês também participará de um jantar que deverá contar com o tenor Andrea Bocelli como atração musical.
O próximo passo do acordo será o comparecimento do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, a uma cúpula da Roda da Seda em Pequim, no mês que vem.
Além da UE e dos EUA, partidos opositores ao governo italiano também são contrários ao alinhamento com Pequim. "O que a Itália está fazendo com a China é um grande erro. É preciso fazer acordo a nível europeu. Não se pode ceder nossa soberania aos chineses com a desculpa de exportar o 'Made in Italy", criticou o presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani.
"É preciso ter prudência e progressividade para entender se o nosso país pode obter vantagem efetiva", disse, por sua vez, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala.
Depois da Itália, Xi passará por Mônaco e pela França. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Dentro do governo italiano, formado pelos partidos Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga Norte, o nome mais próximo da China é o de Michele Geraci, subsecretário de Desenvolvimento Econômico, que morou no país asiático por mais de uma década.
Geraci, assim como o presidente italiano, Sergio Mattarella, é originário da cidade de Palermo, na Sicília, um dos locais a serem visitados por Xi durante sua passagem de três dias pela Itália.
Xi chega a Roma na noite de hoje, acompanhado da primeira-dama Peng Liyuan e de uma delegação de 500 pessoas. Ele ficará na capital italiana até sábado, quando parte para Palermo, após a assinatura do memorando da Rota da Seda, agendada para o dia 23.
Na capital, Xi se reunirá com Mattarella e com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados da Itália, Elisabetta Casellati e Roberto Fico, respectivamente. O líder chinês também participará de um jantar que deverá contar com o tenor Andrea Bocelli como atração musical.
O próximo passo do acordo será o comparecimento do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, a uma cúpula da Roda da Seda em Pequim, no mês que vem.
Além da UE e dos EUA, partidos opositores ao governo italiano também são contrários ao alinhamento com Pequim. "O que a Itália está fazendo com a China é um grande erro. É preciso fazer acordo a nível europeu. Não se pode ceder nossa soberania aos chineses com a desculpa de exportar o 'Made in Italy", criticou o presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani.
"É preciso ter prudência e progressividade para entender se o nosso país pode obter vantagem efetiva", disse, por sua vez, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala.
Depois da Itália, Xi passará por Mônaco e pela França. (ANSA)
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