Trump critica aliados europeus antes de cúpula da Otan
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas nesta terça-feira (3) contra os aliados europeus, principalmente seu homólogo francês, Emmanuel Macron, antes do início da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Londres.
Na série de ataques, o republicano classificou de "insultantes" e "desagradáveis" os comentários do líder da França, que recentemente disse que a Otan está em "morte cerebral". "A Otan serve a um grande propósito", afirmou.
"Ninguém precisa mais da Otan do que a França. É uma declaração dura, quando você faz uma declaração dessas, isso é uma declaração muito sórdida para essencialmente 28, incluindo-os, 28 países", completou Trump à imprensa ao se reunir com o chefe da Otan, Jens Stoltenberg.
Logo depois, no entanto, Macron voltou a repetir sua avaliação sobre a organização na frente de Trump, durante coletiva no primeiro dia da cúpula. Para ele, todos os países precisam esclarecer alguns temas, como o que cada nação considera terrorismo e quais são realmente os inimigos a serem combatidos.
Já Trump também reclamou do baixo investimento nos gastos militares dos aliados, uma crítica direta ao governo alemão, mas fez elogios ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
Ele ressaltou que poucos países estão próximos de atingir a meta de gastar ao menos 2% do PIB em defesa até 2024. "Eles todos fizeram compromissos, e eles investirão até 2% ao longo de um período, um período relativamente curto de anos", dissera ele na cúpula de 2018.
Reino Unido
Mais cedo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também chegou a afirmar que a Otan desfruta de "boa saúde" e é símbolo de "sucesso fantástico".
"Minha mensagem a todos os líderes que chegam ao Reino Unido, o presidente [Donald] Trump, o presidente [Emmanuel] Macron, a chanceler [alemã, Angela] Merkel e a todos os nossos amigos, é que somos uma grande aliança que teve um sucesso fantástico por 70 anos e trouxe paz e prosperidade", disse.
Ainda hoje, a rainha Elizabeth II receberá os 29 aliados no Palácio de Buckingham para comemorar o aniversário de 70 anos da aliança militar.
A expectativa é de que amanhã (4) ocorra uma reunião de três horas entre os líderes.
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