Justiça da Bolívia barra candidatura de Evo Morales ao Senado
A Justiça da Bolívia proibiu ontem a candidatura do ex-presidente Evo Morales ao Senado nas eleições de 18 de outubro.
A notícia foi confirmada pelo ministro da Justiça da Bolívia, Álvaro Coimbra, através de suas redes sociais. A decisão, no entanto, vai passar pelo Tribunal Constitucional antes de entrar em vigor.
Na semana passada, a petição do ex-chefe de Estado e líder do MAS (Movimento pelo Socialismo), que está exilado na Argentina, para anular a decisão do Supremo Tribunal Eleitoral foi examinada por dois membros da seção constitucional. Um votou a favor e outro contra o pedido, determinando a necessidade da intervenção de um terceiro juiz.
Este último, após ter lido a documentação e os argumentos de seus colegas, foi a favor do argumento que anula as esperanças de que Morales se torne candidato pela região de Cochabamba.
O tribunal eleitoral desclassificou Morales das eleições em fevereiro passado por ele não morar na cidade boliviana.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, também candidata à presidência pela coalização Creemos, elogiou a decisão da Justiça do país.
"Bloqueamos o MAS duas vezes e o fizemos usando a lei, sem violência e sem confrontos. Somos os únicos que podemos impedir que voltem [ao poder]", escreveu Añez em suas redes sociais.
Por outro lado, Morales denunciou que a sentença foi uma "decisão política ilegal e inconstitucional".
"A história mostrará que eles podem ter cancelado a candidatura de Evo, mas não poderão amordaçar o povo. Respeitaremos a decisão porque o nosso compromisso e prioridade é que o povo saia da crise. Não cairemos em nenhuma provocação, o povo voltará a governar, de forma pacífica e democrática", escreveu o ex-chefe de Estado.
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