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Número de mortos em incêndio em hospital no Iraque sobe para 130

24.abr.2021 - Parte do hospital Ibn Khatib, em Bagdá (Iraque), ficou totalmente destruída após um incêndio - Thaier Al-Sudani/Reuters
24.abr.2021 - Parte do hospital Ibn Khatib, em Bagdá (Iraque), ficou totalmente destruída após um incêndio Imagem: Thaier Al-Sudani/Reuters

Em Beirute

27/04/2021 09h53

Subiu para 130 o número de pessoas mortas em um grande incêndio que atingiu um hospital de Bagdá, capital do Iraque, no último domingo (25).

De acordo com os primeiros resultados da investigação, o incêndio no Hospital Ibn al-Khatib teria começado acidentalmente, após um cilindro de oxigênio ter explodido na área da enfermaria, que estava lotada de pacientes com o novo coronavírus.

Os investigadores ainda informaram que o setor do hospital tinha diversos familiares e conhecidos dos pacientes.

Um relatório elaborado pela Comissão Iraquiana de Direitos Humanos apontou violações de "regras anti-Covid básicas". Além disso, afirmou que "o equipamento de combate a incêndios do hospital não foi utilizado porque as pessoas não sabiam onde estava guardado".

O texto ainda destacou que diversos pacientes foram auxiliados pelos próprios conhecidos e familiares, já que a equipe de resgate demorou por volta de "uma hora" para chegar ao local.

"Existe uma evidente escassez no nível de prestação de serviços de saúde aos cidadãos e uma evidente violação dos direitos humanos, em particular do direito à saúde, por parte dos órgãos governamentais representados pelo Ministério da Saúde e da administração do hospital", revelou a Comissão.

O porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, major-general Khaled al-Muhanna, disse no dia da tragédia que o resgate havia chegado no hospital somente "três minutos" depois do início do incêndio.

Os hospitais iraquianos sofrem com o sucateamento provocado por décadas de conflitos e investimentos escassos, mas também pela negligência e pela corrupção.