UE adota sanções contra Belarus e pede libertação de opositor
Os líderes da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira (24) em adotar um conjunto de sanções contra a Belarus e pediram a libertação imediata do opositor Roman Protasevich, detido no domingo depois que o avião em que viajava foi forçado a pousar em Minsk.
Durante o primeiro dia de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, os representantes dos 27 Estados-membros fizeram um apelo pela soltura do opositor do regime do presidente Alexander Lukashenko e sua namorada, Sofia Sapega.
Além disso, a UE proibiu as companhias aéreas bielorrussas de voarem para o espaço aéreo europeu e pediram para as empresas da UE evitarem de ir para a Belarus.
Os líderes europeus pediram à equipe de política externa do bloco que elaborasse uma lista de sanções econômicas específicas a serem impostas "sem demora" e apelaram por uma "investigação urgente" para analisar um incidente "inaceitável e sem precedentes".
O conselho também foi orientado a identificar "o mais rapidamente possível" as novas pessoas e entidades que serão afetadas por medidas restritivas. Por fim, foi expressada a solidariedade à Letônia pela expulsão "injustificada" de seus diplomatas.
Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que um pacote de investimentos de 3 bilhões de euros da UE para a Belarus permanecerá congelado até que o país se torne democrático. Nesta tarde, em um vídeo postado online, Protasevich, detido quando um avião da Ryanair foi forçado a pousar, disse que está bem de saúde e reconheceu ter atuado na organização de protestos em massa em Minsk no ano passado.
Vestindo um moletom escuro e com as mãos firmemente cruzadas, o blogueiro contou que está em uma prisão na Belarus e negou ter problemas cardíacos. O vídeo foi publicado em diversos canais do aplicativo de mensagens Telegram.
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