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China nunca permitirá interferência de forças externas, diz Xi Jinping após aliança entre EUA e países

Presidente da China, Xi Jinping, durante reunião do Politburo - Jason Lee/Reuters
Presidente da China, Xi Jinping, durante reunião do Politburo Imagem: Jason Lee/Reuters

Da Ansa

17/09/2021 10h44Atualizada em 17/09/2021 10h44

O presidente da China, Xi Jinping, se manifestou pela primeira vez desde o anúncio de uma nova aliança entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália e disse que o país "nunca permitirá" que "forças externas" façam interferências.

A fala de hoje foi feita de maneira virtual durante um encontro de lideranças da Shanghai Cooperation Organisation (SCO) no Tajiquistão. Estavam também presentes os chefes de governo e Estado da Rússia, Quirguistão, Cazaquistão e Uzbequistão.

"Nunca permitiremos que forças externas interfiram nos assuntos internos dessa região e de seus países. Precisamos nos apoiar para levar adiante constantemente as questões nacionais e ter solidamente em nossas mãos o futuro e o destino do nosso desenvolvimento e do nosso progresso", disse Xi aos presentes.

Até o momento, apenas o Ministério das Relações Exteriores chinês havia falado sobre o novo acordo, chamado de Aukus, que prevê uma aliança que consentirá aos australianos ter submarinos com propulsão nuclear. O pacto foi chamado de "irresponsável" pelos chineses porque pode alterar o equilíbrio de forças e a paz na região indo-pacífica.

No entanto, a fala também refere-se à ação cada vez maior dos norte-americanos sobre Taiwan, que é um território autônomo da China e que a cada ano se afasta mais politicamente de Pequim.

O Aukus também foi duramente criticado pela França, que soube no pronunciamento que a Austrália estava cancelando um acordo bilionário assinado em 2016 para o fornecimento de submarinos comuns. A União Europeia também criticou a aliança por não ter sido informada sobre a criação do grupo.