Protestos contra 'passe verde' são marcados por tensão na Itália
Milhares de pessoas antivacinas se reúnem novamente neste sábado (6) em diversas cidades da Itália para protestar contra a obrigatoriedade do uso do certificado sanitário anti-covid.
Em Trieste, pelo menos 8 mil cidadãos lotaram a Piazza Libertà em um ato organizado pela Coordenação "No Green pass". O número de participantes é o segundo mais alto das últimas sete manifestações, após a última reunir cerca de 15 mil pessoas.
Um grupo de cerca de 200 manifestantes tentou invadir, por volta das 18h (horário local), a Piazza Unità d'Italia e a Piazza della Borsa, no centro de Trieste, empurrando as barreiras implementadas pelas autoridades devido a aplicação do decreto de 1º de novembro que proíbe a realização de manifestações na área.
O momento ficou marcado por tensão entre os militantes e a polícia local, que utilizou cassetetes. No geral, o protesto é caracterizado por poucas pessoas usando máscaras e falta de distanciamento social Um ato também está programado para hoje no centro de Milão, onde antes da mobilização dois manifestantes empurraram um jornalista da Fanpage e colocaram as mãos em sua câmera. A dupla foi levada para a delegacia.
O governador da região da Lombardia, Attilio Fontana, disse estar "um pouco" preocupado tendo em vista a aglomeração de pessoas e o momento de crescente nos números de casos da Covid-19.
"Infelizmente, as grandes aglomerações, neste momento de recomeço (do contágio), felizmente ainda são limitadas aqui, mas no resto da Europa muito mais animadas, não vão muito bem e correm o risco de ser perigosas", disse Fontana.
Já em Turim, cerca de mil pessoas participam da passeata "No Green Pass", iniciada na Piazza Castello. "Pessoas como nós nunca desistem", gritam.
A marcha segue em direção a Giardini Reali e deve prosseguir em direção ao Corso San Maurizio, também no centro da cidade.
Enfrentando um momento de alta nos novos casos de Covid-19, o governo italiano determinou a obrigatoriedade do chamado "passe verde" em locais de trabalho e voltou a cogitar publicamente a hipótese de tornar obrigatória a imunização contra a doença, ao menos para algumas categorias.
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