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Ucrânia cria site para documentar e denunciar crimes de guerra

De acordo com a iniciativa, as provas documentadas serão usadas para processar os envolvidos em crimes sob a lei ucraniana, bem como em Haia - FADEL SENNA / AFP
De acordo com a iniciativa, as provas documentadas serão usadas para processar os envolvidos em crimes sob a lei ucraniana, bem como em Haia Imagem: FADEL SENNA / AFP

29/03/2022 16h53

O governo da Ucrânia criou um site para denunciar crimes, abusos e violência por parte das tropas russas em áreas ocupadas ou nos combates em meio à guerra no país.

"Se você for vítima ou testemunha dos crimes de guerra da Rússia contra civis, registre e envie provas", diz a mensagem na página oficial (https://warcrimes.gov.ua).

"O Gabinete do Procurador-Geral, juntamente com parceiros ucranianos e internacionais, criou este recurso para documentar adequadamente os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pelos militares russos na Ucrânia", acrescenta o texto.

O site especifica ainda que os trabalhos são feitos de acordo com os padrões internacionais; todos os dados e testemunhas são protegidos; e as informações são armazenadas para a administração da justiça.

De acordo com a iniciativa, as "provas documentadas serão usadas para processar os envolvidos em crimes sob a lei ucraniana, bem como no Tribunal Penal Internacional em Haia e em um tribunal especial após sua criação".

No formulário é possível inserir vídeos e fotos, dados pessoais, que ficam "sob proteção confiável", além da descrição exata dos eventos e das vítimas. Um mapa interativo que permite localizar com precisão o cenário da violência também está disponível.

As autoridades ucranianas explicam ainda que são considerados crimes de guerra todas as lesões ou mortes de civis em decorrência do uso de armas pelo ocupante; fatos de violência física, prisão de civis; violência contra equipe médica, danos a ambulâncias, hospitais e equipamentos; negação do acesso a cuidados médicos.

Também são exemplos os crimes contra o clero, destruição de edifícios religiosos; localização e uso de equipamentos militares em área residenciais e condução de hostilidades na cidade; danos a instalações de infraestrutura civil; entre outros.