Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 34º dia, com russos e ucranianos dando um primeiro sinal que pode levar ao fim do conflito após as delegações dos dois países se reunirem em Istambul, na Turquia.
O vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, disse que "foi tomada a decisão de reduzir radicalmente a atividade militar nas direções de Kiev e Chernihiv".
A Ucrânia, por sua vez, propôs adotar posição de neutralidade em troca de garantias de segurança, o que significa que não se juntará a alianças militares, como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ou hospedará bases militares, disseram negociadores ucranianos.
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:
- Nas negociações em Istambul, Ucrânia se disponibiliza a ceder o ingresso na Otan em troca de garantias de segurança, assinadas por 10 países, inclusive a Rússia.
- As negociações entre a delegação russa e os enviados ucranianos em Istambul começaram hoje pouco depois das 10h30 (4h30 de Brasília). O oligarca russo Roman Abramovich desempenhou um papel de mediador nas negociações, informou o Kremlin. A televisão ucraniana informou que não houve nenhum aperto de mão.
- Estados Unidos categorizou qualquer movimentação de tropas russas como "realocação", expressando um tom de ceticismo em relação à suposta "retirada" pós-reuniões diplomáticas.
- O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou que expulsou diplomatas da Letônia, Lituânia e Estônia em resposta à medida adotada no dia 18 de março pelos governos dos Países Bálticos.
- A Rússia anunciou o adiamento da obrigação de prestar serviço militar para jovens que trabalham no setor de alta tecnologia, uma medida para evitar a fuga de cérebros causada pela ofensiva na Ucrânia.
- O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica está na Ucrânia para dar "assistência técnica" ao governo para garantir a segurança das instalações nucleares, um mês depois da entrada de soldados russos em várias usinas, incluindo Chernobyl.
- O governo ucraniano criou um site específico para a denúncia de crimes e casos de violência ou abuso durante esse momento de conflito. É possível incluir vídeos, fotos, descrições e dados pessoais.
- A Ucrânia anunciou a retomada das retiradas de civis por três corredores humanitários, inclusive a partir da cidade cercada de Mariupol, após um dia de suspensão pelo temor das "provocações" russas.
- Em conversa com Macron, Putin declarou que a forma de solucionar o sítio de Mauripol seria um desarmamento das forças "nacionalistas" ucranianas na cidade.
- As tropas ucranianas "libertaram" a cidade de Irpin, um importante ponto de acesso a Kiev, disse o ministro do Interior, Denys Monastyrsky.
- Uma jornalista ucraniana, alegadamente, foi capturada por tropas militares russas, e levada para a área separatista da Ucrânia, Donetsk.
- Durante uma entrevista do prefeito de Chernihiv, Vladyslav Atroshenko, diretamente com a CNN, uma nova explosão pôde ser ouvida, com o político afirmando que o ataque foi "contra civis".
- Autoridades russas confiscaram relógios de luxo da fabricante suíça Audemars Piguet, dias após o país abandonar sua tradicional neutralidade para se juntar às nações ocidentais na imposição de sanções contra a Rússia.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os ataques contra a cidade de Mariupol são um "crime contra a humanidade". Ele acusou tropas russas de bombardear, deliberadamente, os abrigos civis.
- A Rússia negou hoje as acusações de que Roman Abramovich tenha sido envenenado, dizendo que fazem parte de uma "guerra de informação".
- O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse, hoje, que, "em geral, as principais tarefas da primeira etapa da operação foram concluídas", em referência à invasão russa ao território ucraniano.
- Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ontem, em entrevista à rede de TV americana PBS, que a Rússia só usará armas nucleares se houver "ameaça à sua existência".
- Rússia esclarece que, alegadamente, não está removendo civis da cidade de Mauripol a força, em resposta a acusações da Ucrânia.
- Ao menos sete pessoas morreram e 22 ficaram feridas hoje em um ataque russo que destruiu parcialmente a sede do governo regional de Mykolaiv, cidade ucraniana próxima de Odessa.
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