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Papa se une a ONU e pede trégua em guerra na Páscoa ortodoxa

Segundo nota oficial divulgada pelo Vaticano hoje, "no último Domingo de Ramos, o Papa pediu uma trégua pascal, para alcançar a paz" - Guglielmo Mangiapane/Reuters
Segundo nota oficial divulgada pelo Vaticano hoje, 'no último Domingo de Ramos, o Papa pediu uma trégua pascal, para alcançar a paz' Imagem: Guglielmo Mangiapane/Reuters

21/04/2022 09h39

O papa Francisco se uniu ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, para pedir uma trégua humanitária de quatro dias na Ucrânia, durante a Páscoa ortodoxa, que será celebrada no dia 24 de abril, de acordo com o calendário juliano.

Segundo nota oficial divulgada pelo Vaticano nesta quinta-feira (21), "no último Domingo de Ramos, o Papa pediu uma trégua pascal, para alcançar a paz". "A Santa Sé e o Pontífice se unem ao apelo que António Guterres, secretário-geral da ONU, de acordo com o monsenhor Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, para uma trégua por ocasião da celebração da Páscoa segundo o calendário juliano, no dia 24 de abril", diz o texto.

O comunicado lembra ainda das populações presas em zonas de guerra, que tentam sair em segurança. "Conscientes de que nada é impossível para Deus, invocamos o Senhor para que a população encurralada em zonas de guerra seja evacuada e a paz seja restabelecida rapidamente, pedindo a quem tem a responsabilidade das nações que escute o clamor pela paz das pessoas", concluiu.

No início da semana, Guterres apelou por um cessar-fogo de quatro dias na guerra na Ucrânia, durante o período da Páscoa, pedindo para os russos e ucranianos silenciarem as armas e criarem um caminho para a segurança de tantas pessoas em risco imediato.

"O período de quatro dias da Páscoa deve ser um momento de união para salvar vidas e promover o diálogo para acabar com o sofrimento na Ucrânia", enfatizou o diplomata português.

O objetivo da trégua é permitir a abertura de corredores humanitários para a saída da população civil das zonas de conflito.