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Rússia aponta segundo suspeito da Ucrânia de planejar assassinato contra Darya Dugina

A jornalista e especialista em política Daria Dugina, filha do politólogo russo Alexander Dugin, é fotografada no estúdio de TV Tsargrad em Moscou, Rússia, nesta imagem de folheto sem data obtida pela Reuters em 21 de agosto de 2022 - TSARGRAD.TV/via REUTERS
A jornalista e especialista em política Daria Dugina, filha do politólogo russo Alexander Dugin, é fotografada no estúdio de TV Tsargrad em Moscou, Rússia, nesta imagem de folheto sem data obtida pela Reuters em 21 de agosto de 2022 Imagem: TSARGRAD.TV/via REUTERS

29/08/2022 09h03Atualizada em 29/08/2022 09h33

O serviço de inteligência da Rússia identificou um segundo cidadão ucraniano acusado de envolvimento no assassinato da jornalista e analista política Darya Dugina, vítima de um atentado nos arredores de Moscou em 20 de agosto.

Trata-se de Bodan Petrovich Tsyganenko, homem de 44 anos que teria fornecido placas frias e documentos falsos para Natalia Pavlovna Vovk, autora material do ataque, de acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).

Ainda segundo o FSB, Tsyganenko teria construído a bomba usada no atentado. Ele teria entrado na Rússia a partir da Estônia em 30 de julho e saído do país um dia antes da morte de Dugina, filha do proeminente filósofo ultranacionalista Alexander Dugin.

A analista política foi vítima de um explosivo instalado no automóvel que ela dirigia - um Toyota Land Cruiser Prado em nome de Dugin - e acionado à distância.

O crime ocorreu quando Dugina passava pelo vilarejo de Velyki Vyazomi, nos arredores de Moscou, voltando de um festival do qual ela e seu pai participaram como convidados de honra.

A jornalista e o filósofo deveriam viajar no mesmo automóvel, mas, no último instante, Dugin teria decidido ir em um carro separado. Segundo o FSB, o atentado foi planejado pelos serviços secretos da Ucrânia, que nega envolvimento no caso.

Dugin é conhecido por suas opiniões antiocidentais e de extrema direita e, nos últimos anos, passou a ser identificado pela imprensa europeia e americana como um dos inspiradores da política externa ultranacionalista de Vladimir Putin, embora a mídia russa o considere uma figura "marginal".

Dugina, por sua vez, era uma analista política de destaque e apoiadora da invasão russa à Ucrânia, o que a levou a ser sancionada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.