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Itália quer restaurar 163 coroas funerárias de rei com doações

11/12/2022 14h19

ROMA, 11 DEZ (ANSA) - A Itália anunciou um programa para restaurar 163 coroas funerárias recebidas de diversos governos mundiais pela morte do rei Umberto I (1844-1900). O financiamento, por meio do projeto de mecenato nacional Art Bonus, tem peças que precisam de restauração de 300 a 3 mil euros.   


Inicialmente colocadas nos apartamentos reais da Villa di Monza, as peças de ferro e bronze agora são protegidas, desde 1921, pelo interior da cripta da Capella Espiatoria, monumento projetado especialmente por Giuseppe Sacconi - o arquiteto da família Savóia.   


"Já fizemos obras nas estruturas e nos ornamentos dos muros com a criação de novos percursos de visita e também na melhoria dos espaços verdes públicos que circundam a capela. Mas, agora, é a hora dos detalhes internos [...] com as coroas de bronze e ferro, de dimensões diferentes, mas caracterizadas por uma refinada execução artesanal", disse a responsável pela Direção Regional dos Museus da Lombardia do Ministério da Cultura, Emmanuela Dafra.   


Segundo a representante, os principais danos causados aos itens foram provocados pela poluição atmosférica e pelas restaurações anteriores, que acabaram deixando manchas escuras com o passar dos anos. Além disso, algumas peças apresentam "processos de corrosão extensos".   


O custo total do projeto não é dos mais altos, ficando em pouco mais de 191 mil euros, mas Dafra ressaltou que o governo "decidiu fracionar" os valores.   


"Assim, usando todas as vantagens fiscais do Art Bonus, as peças poderão ser adotadas", acrescentou.   


Por cerca de 1,6 mil euros, por exemplo, é possível salvar uma das peças mais trabalhadas, recebida pela Itália dos descendentes nacionais que moravam no Uruguai à época. Já a coroa funerária recebida do então imperador da Etiópia custará 1,2 mil euros.   


"O desejo é de expor em breve, ao lado dos doadores, o elenco dos nomes tutelares dessas coroas perenes", pontuou ainda.   


Umberto I foi assassinado em 29 de julho de 1900 em Monza por um anarquista chamado Gaetano Bresci. (ANSA).   


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