Ataque mata 21 no Sudão do Sul antes de chegada do Papa
Pelo menos 21 pessoas morreram em um ataque no Sudão do Sul, país africano que recebe o papa Francisco a partir de hoje.
O incidente ocorreu na última quinta (2), quando criadores de gado armados assassinaram 21 civis em uma represália contra uma comunidade rival no condado de Kajo-Keji, no estado de Equatória Central, 155 quilômetros ao sul da capital Juba.
O líder da Igreja Anglicana, Justin Welby, que acompanha o Papa em sua viagem, se disse "horrorizado" com o ataque. "É uma história que se repete frequentemente em todo o Sudão do Sul.
Faço um novo apelo por uma saída diferente: para o Sudão do Sul se unir em nome de uma paz justa", declarou o religioso no Twitter.
Com maioria cristã, o país se tornou independente do Sudão, majoritariamente muçulmano, em 2011, mas caiu em uma guerra civil dois anos depois, tendo como protagonistas o presidente Salva Kiir e o vice Riek Machar.
O conflito deixou cerca de 380 mil mortos, e os dois líderes só assinaram um acordo de paz definitivo em 2020, com mediação do Vaticano. Mesmo assim, o Sudão do Sul ainda sofre com a violência armada promovida por milícias locais.
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