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Rússia diz analisar plano de paz proposto por Lula para fim de guerra na Ucrânia

Lula visita Putin no Kremlin em 2005 durante seu primeiro mandato como presidente - 19.out.2005 - Eduardo Knapp/Folhapress
Lula visita Putin no Kremlin em 2005 durante seu primeiro mandato como presidente Imagem: 19.out.2005 - Eduardo Knapp/Folhapress

Em São Paulo

23/02/2023 17h25Atualizada em 23/02/2023 17h52

O governo russo está analisando um plano proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar mediar a paz na Ucrânia e cessar o conflito que completa um ano nesta sexta-feira (24).

A informação foi anunciada hoje pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em entrevista à agência de notícias russa TASS.

"Nós notamos as declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação para tentar encontrar meios políticos de evitar escalada na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo, e considerando os interesses de todos os atores", declarou Galuzin.

De acordo com Galuzin, o regime de Vladimir Putin está "examinando iniciativas, principalmente sob o ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação em campo".

Além disso, o vice-ministro russo lembrou que Moscou é parceiro do Brasil, da China, da Índia e África do Sul no grupo Brics.

Ele também disse "apreciar" a decisão de o governo Lula de não enviar armas à Ucrânia, "apesar da pressão" norte-americana.

"Estamos interagindo de forma construtiva nos Brics, G20, ONU e seu Conselho de Segurança, onde esta nação agora é representada como membro não permanente", acrescentou.

Em janeiro deste ano, Lula recebeu o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e sugeriu um grupo de países em prol da paz na Ucrânia, com a participação da China, tendo em vista que o governo de Xi Jinping "tem um papel importante nas negociações" para pôr fim à invasão russa.