Número de mortos em naufrágio de barco com migrantes na Itália sobe para 64
As autoridades italianas recuperaram mais um corpo no mar da costa de Cutro, na região da Calábria, nesta terça-feira (28), elevando para 64 o número confirmado de vítimas de um naufrágio ocorrido no último dia 26.
Conforme as informações oficiais, trata-se de um homem que estava na altura da praia de Steccato, onde ocorreu o incidente.
Ainda não se sabe o número exato de pessoas que estavam no barco, mas estima-se que eram entre 180 e 250 migrantes vindos da Síria, Afeganistão, Iraque e Irã. Com isso, pode haver ainda cerca de 100 pessoas desaparecidas, já que 80 foram resgatadas com vida.
A Prefeitura de Cutro confirmou que os voos de helicóptero para tentar individualizar mais corpos e os mergulhos de equipes especializadas foram retomados na manhã de hoje e serão mantidos enquanto o tempo permitir.
As autoridades locais também abriram o velório público para as vítimas do naufrágio, que será realizado em um estádio esportivo de Crotone, capital da província onde fica Cutro.
Até o momento, três pessoas foram presas por serem supostamente os traficantes de pessoas responsáveis pela embarcação. Eles foram resgatados no mar no dia da tragédia e presos enquanto recebiam atendimento em um centro de acolhimento de solicitantes de asilo.
O naufrágio em Cutro é um dos maiores já registrados na Itália desde outubro de 2013, quando 360 pessoas morreram em um incidente próximo à ilha de Lampedusa.
Dessa vez, a embarcação havia partido da costa da Turquia, em uma rota pelo Mediterrâneo Central que não é monitorada pelas ONGs de ajuda humanitária e que não estava mais sendo usada com frequência. A maior parte das embarcações que chegam ou tentam chegar à Itália partem da Líbia e do Líbano.
Mas, conforme um relatório apresentado nesta terça-feira no Parlamento italiano pela Inteligência do país, está ocorrendo um "aumento de fluxos migratórios" saindo de portos turcos com destino às costas da Calábria, Puglia e Sicília nos últimos meses. Esses grupos estariam sendo traficados por "organizações curdas e paquistanesas" que atuam na Turquia.
Segundo dados das Nações Unidas, mais de 26 mil pessoas já morreram na perigosa travessia do Mediterrâneo Central desde 2013, sendo que o número é subestimado já que leva em consideração apenas os desaparecimentos denunciados por alguém ou os corpos encontrados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.