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G7 anuncia novas sanções contra 'máquina de guerra' da Rússia

Líderes do G7 se reúnem em Hiroshima, no Japão - Kyodo via REUTERS
Líderes do G7 se reúnem em Hiroshima, no Japão Imagem: Kyodo via REUTERS

19/05/2023 13h48

Os líderes do G7, que estão reunidos em Hiroshima, no Japão, anunciaram nesta sexta-feira (19) novas sanções para parar a "máquina de guerra" da Rússia na Ucrânia. Entre as principais inclusões nesse pacote, está a exportação de diamantes, uma fonte de alta renda para Moscou.

Segundo a nota oficial, os sete países informaram que "continuarão a trabalhar em estreito contato para limitar o comércio e o uso de diamantes extraídos, trabalhados ou produzidos na Rússia, comprometendo-se com parceiros-chave com o objetivo de garantir a eficácia da aplicação das medidas restritivas coordenadas, também por meio de tecnologias de rastreamento".

A promessa de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido é impedir que os russos consigam ter a tecnologia, os equipamentos industriais e os serviços do Ocidente que "apoiam a sua máquina de guerra".

"Continuaremos a proteger os produtos agrícolas, médicos e humanitários das nossas medidas restritivas e faremos todos os esforços para evitar eventuais repercussões em países terceiros", acrescenta ainda o comunicado, ressaltando que serão tomadas medidas para melhorar a coordenação.

Os líderes pedem que países que estejam fornecendo itens que sirvam para a guerra russa "cessem imediatamente" suas ações e que farão mais esforços para evitar o acesso de Moscou ao sistema financeiro internacional, bloqueando a fuga das sanções na questão do petróleo bruto e de produtos refinados com rastreamento de origem.

O comunicado pontua também que "continuarão os esforços para reduzir as entradas financeiras da Rússia por conta dos metais e permaneceremos empenhados em apoiar os limites no preço do petróleo russo e seus produtos petrolífero e intensificaremos os nossos esforços para combater a evasão disso".

O G7 finaliza a nota ressaltando que continuará a cobrar as punições "por seus crimes de guerra e outras atrocidades, como os ataques da Rússia contra os civis e as infraestruturas civis críticas".

Além da questão dos diamantes, mais de 300 pessoas e organizações foram afetadas pelo novo pacote de sanções.

Após o anúncio, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou à agência Interfax que o mercado mundial de diamantes é "fluído e rico de destinos alternativos" . "Se as compras param em um lugar, começamos em outro", pontuou ainda.

Moscou ainda anunciou um novo pacote de sanções contra 500 cidadãos dos EUA, incluindo o ex-presidente Barack Obama, acusados de difundir "a russofobia" e de cooperar no envio de armas para a Ucrânia. Todos estão proibidos de entrar no país.

Segundo um estudo do Observatório de Complexidade Econômica, a Rússia faturou cerca de US$ 4,7 bilhões em 2021 com o comércio de diamantes. O país é o oitavo maior exportador do mundo.

Só a União Europeia, que também deve adicionar esse setor em seu próximo pacote de punições, importou diamantes em cerca de 1,4 bilhão de euros em 2022 e 1,8 bilhão de euros em 2021. Os dados são Escritório de Estatística Europeu (Eurostat).