Enel retoma energia para 1,6 mi em SP; ministro dá 3 dias
SÃO PAULO, 14 OUT (ANSA) - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu até três dias para a Enel Distribuição restabelecer o abastecimento de energia para os clientes em São Paulo que estão sem eletricidade desde a última sexta-feira (11), devido a uma forte tempestade com ventos superiores a 100 quilômetros por hora, que provocou sete mortes e a queda de inúmeras árvores.
Em um comunicado, a empresa explicou que já restaurou a energia de 1,6 milhão de usuários e que seus técnicos estão concentrados em retomar o fornecimento aos 430 mil clientes restantes. Deste total, 280 mil estão na capital.
Pouco antes, Silveira disse que a Enel tinha "os próximos três dias para resolver os problemas de maior volume". "Ou seja, ela só vai poder, ao final desses três dias, apresentar, se necessário, questões pontuais de locais onde ela não consegue ter acesso", declarou o ministro em coletiva de imprensa em São Paulo.
Silveira também afirmou que trabalha para que distribuidoras de energia sejam penalizadas caso não apresentem planejamento para lidar com "eventos climáticos extremos". "O setor de distribuição tem de se precaver. Não é possível que o setor seja reativo", declarou.
Outra hipótese cogitada pelo ministro é uma iniciativa legislativa para dar a distribuidoras a prerrogativa de cuidar da questão urbanística em caso de inação das prefeituras. "Mais de 50% dos eventos [de queda de energia] foram causados por árvores caindo em cima do sistema de baixa e média tensão em São Paulo", explicou.
Durante a coletiva, Silveira ainda criticou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por não dar andamento ao processo que poderia levar à caducidade da concessão da Enel, bem como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, por ter dito que o ministro quer renovar o contrato da distribuidora, que vence em 2028.
"Se tivesse a caducidade sobre a empresa, tenho absoluta convicção que ela não estaria tão negligente com relação à qualidade do serviço em São Paulo. É uma fantasia, uma mentira, uma fake news falar em renovação da distribuidora de São Paulo", acrescentou. (ANSA).
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