Líder de rebeldes no leste da Ucrânia renuncia
Um dos principais líderes dos separatistas na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, Igor Girkin - conhecido como Strelkov - renunciou ao posto de ministro da Defesa.
Alexander Borodai, ex-premiê da autodeclarada República Popular de Donetsk, confirmou a renúncia, mas não explicou o motivo e negou relatos de que Strelkov tenha se ferido em meio ao conflito.
Donetsk e Lugansk continuam sob bombardeios intensos por causa dos combates entre forças do governo em Kiev e separatistas.
Enquanto isso, o comboio de ajuda humanitária enviado pela Rússia segue estacionado na fronteira da Ucrânia.
Novo comando
Segundo Borodai, que é cidadão russo, a República Popular de Donetsk já tem um novo ministro de Defesa no lugar de Strelkov.
O novo ministro atende pelo nome de guerra de Tsar, disse Borodai. Outras fontes informaram que seu nome é Vladimir Kononov.
Outros dois nomes do alto escalão dos rebeldes renunciaram na última semana, entre eles o próprio Borodai, que deixou o cargo de "primeiro-ministro" em Donetsk, assumido por Alexander Zakharchenko.
Valery Bolotov, líder dos rebeldes na cidade de Lugansk, disse que passou temporariamente o cargo para seu ministro da Defesa, Igor Plotnitskiy.
Comboio estacionado
O comboio russo de ao menos 260 caminhões está estacionado e ainda não está claro qual será seu destino final.
A Rússia considerou absurdas as acusações de que o comboio serve como pretexto para enviar equipamentos militares para os rebeldes.
A Ucrânia disse que o comboio deve ser inspecionado por observadores internacionais antes que ele possa entrar no país.
Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, disse que, se isso não for feito, "a movimentação do comboio será interrompida com todas as forças disponíveis".
O correspondente da BBC Steve Rosenberg está acompanhado o comboio e teve acesso ao interior de um dos caminhões, que continha sacos de dormir.
"Mas era apenas um de ao menos 260 caminhões. Não posso dizer o que está dentro do outros", disse Rosenberg. "Os caminhões ficarão aqui até que o comboio receba novas ordens, mas não há indícios de quando isso acontecerá."
Rosenberg ainda conversou com um dos motoristas e afirma que ele demonstrou uma posição anti-americana.
"Ele perguntou por que os Estados Unidos estavam tentando distanciar a Ucrânia da Rússia", afirma o jornalista. "A questão-chave agora é o que a Rússia fará a seguir. Se o comboio cruzar a fronteira, isso será visto pelas autoridades ucranianas como uma grande provocação."
Situação 'desesperadora'
O barulho de bombas e tiros podiam ser ouvidos em torno de Donetsk nesta quinta-feira, com autoridades pedido à população para não sair às ruas.
Segundo relatos, dois shopping centers foram atingidos e ao menos uma pessoa foi morta.
A situação é desesperadora em Lugansk, segundo os mesmo relatos. Civis estão sem acesso à água, comida ou eletricidade há mais de uma semana. As linhas telefônicas estão fora do ar.
Autoridades ucranianas disseram ter isolado a cidade de outras áreas controladas por rebeldes depois de ter tomado o controle da cidade de Novosvitlivka.
Mais de 2 mil pessoas morreram desde o início do conflito no leste do país, em meados de abril. Mais da metade das mortes foram registradas na última semana, segundo a ONU.
A violência começou quando grupos rebeldes pró-Rússia tomaram edifícios do governo e tentaram declarar a independência da região.
O Exército ucraniano lançou uma operação para retomar o leste do país, que foi intensificada em junho.
Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, tem visitado a península ucraniana da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em março, algo que foi amplamente condenado pela comunidade internacional.
Putin vem assumindo um tom conciliatório: "Temos que, calmamente, com dignidade e de forma eficaz, trabalhar por nosso país e não isolá-lo do resto do mundo".
"Não pretendemos, como algumas pessoas, fazer demonstrações de força ao redor do mundo. Mas todos devem entender que temos essa força em nosso arsenal."
Alexander Borodai, ex-premiê da autodeclarada República Popular de Donetsk, confirmou a renúncia, mas não explicou o motivo e negou relatos de que Strelkov tenha se ferido em meio ao conflito.
Donetsk e Lugansk continuam sob bombardeios intensos por causa dos combates entre forças do governo em Kiev e separatistas.
Enquanto isso, o comboio de ajuda humanitária enviado pela Rússia segue estacionado na fronteira da Ucrânia.
Novo comando
Segundo Borodai, que é cidadão russo, a República Popular de Donetsk já tem um novo ministro de Defesa no lugar de Strelkov.
O novo ministro atende pelo nome de guerra de Tsar, disse Borodai. Outras fontes informaram que seu nome é Vladimir Kononov.
Outros dois nomes do alto escalão dos rebeldes renunciaram na última semana, entre eles o próprio Borodai, que deixou o cargo de "primeiro-ministro" em Donetsk, assumido por Alexander Zakharchenko.
Valery Bolotov, líder dos rebeldes na cidade de Lugansk, disse que passou temporariamente o cargo para seu ministro da Defesa, Igor Plotnitskiy.
Comboio estacionado
O comboio russo de ao menos 260 caminhões está estacionado e ainda não está claro qual será seu destino final.
A Rússia considerou absurdas as acusações de que o comboio serve como pretexto para enviar equipamentos militares para os rebeldes.
A Ucrânia disse que o comboio deve ser inspecionado por observadores internacionais antes que ele possa entrar no país.
Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, disse que, se isso não for feito, "a movimentação do comboio será interrompida com todas as forças disponíveis".
O correspondente da BBC Steve Rosenberg está acompanhado o comboio e teve acesso ao interior de um dos caminhões, que continha sacos de dormir.
"Mas era apenas um de ao menos 260 caminhões. Não posso dizer o que está dentro do outros", disse Rosenberg. "Os caminhões ficarão aqui até que o comboio receba novas ordens, mas não há indícios de quando isso acontecerá."
Rosenberg ainda conversou com um dos motoristas e afirma que ele demonstrou uma posição anti-americana.
"Ele perguntou por que os Estados Unidos estavam tentando distanciar a Ucrânia da Rússia", afirma o jornalista. "A questão-chave agora é o que a Rússia fará a seguir. Se o comboio cruzar a fronteira, isso será visto pelas autoridades ucranianas como uma grande provocação."
Situação 'desesperadora'
O barulho de bombas e tiros podiam ser ouvidos em torno de Donetsk nesta quinta-feira, com autoridades pedido à população para não sair às ruas.
Segundo relatos, dois shopping centers foram atingidos e ao menos uma pessoa foi morta.
A situação é desesperadora em Lugansk, segundo os mesmo relatos. Civis estão sem acesso à água, comida ou eletricidade há mais de uma semana. As linhas telefônicas estão fora do ar.
Autoridades ucranianas disseram ter isolado a cidade de outras áreas controladas por rebeldes depois de ter tomado o controle da cidade de Novosvitlivka.
Mais de 2 mil pessoas morreram desde o início do conflito no leste do país, em meados de abril. Mais da metade das mortes foram registradas na última semana, segundo a ONU.
A violência começou quando grupos rebeldes pró-Rússia tomaram edifícios do governo e tentaram declarar a independência da região.
O Exército ucraniano lançou uma operação para retomar o leste do país, que foi intensificada em junho.
Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, tem visitado a península ucraniana da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em março, algo que foi amplamente condenado pela comunidade internacional.
Putin vem assumindo um tom conciliatório: "Temos que, calmamente, com dignidade e de forma eficaz, trabalhar por nosso país e não isolá-lo do resto do mundo".
"Não pretendemos, como algumas pessoas, fazer demonstrações de força ao redor do mundo. Mas todos devem entender que temos essa força em nosso arsenal."
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