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Cidade alemã confisca e vende na internet cadela de família que devia impostos

Getty
Imagem: Getty

28/02/2019 11h45

Oficial de justiça da cidade de Ahlen concluiu que o que havia de mais valioso na casa era Edda, uma pug preta.

Uma cidade na Alemanha resolveu cobrar uma dívida de impostos confiscando Edda, a cadela da família inadimplente, e vendendo o animal na internet.

Jornais alemães dizem que os fiscais da cidade de Ahlen inicialmente queriam confiscar a cadeira de rodas de um dos membros da família, que era o item mais valioso na casa.

Mas eles mudaram de ideia e levaram a cadelinha, Edda, uma pug preta com pedigree - raça que costuma custar bem caro.

Um dos fiscais colocou a cadela à venda no site eBay pelo preço de 750 euros (R$ 3,2 mil), metade do valor normalmente pago por um pug preto na Alemanha.

Edda foi comprada por Michaela Jordan, uma policial, que disse ao jornal local Ahlener Tageblatt que suspeitou do preço baixo.

Jordan ligou para o número no anúncio e foi atendida por um funcionário da prefeitura de Ahlen, que explicou que a cadela fora confiscada por que a dona devia dinheiro à cidade - incluindo um imposto sobre a propriedade de cães.

O funcionário disse que o animal era saudável, e Jordan o comprou.

No entanto, diz Jordan, Edda tinha problemas de saúde que não foram mencionados. Desde a mudança de donos, em dezembro, ela precisou de quatro operações por causa de problemas oculares, incluindo uma operação de emergência no Natal.

A nova dona acabou gastando cerca de 1,8 mil euros (R$ 7,7 mil) com a cachorra, e agora quer ser indenizada pela cidade.

Crianças sentem falta de Edda

"A forma como acabou foi totalmente errada", disse a antiga dona de Edda, embora aceite que o confisco foi legal.

Ela disse ao jornal local Ahlener Tageblatt que um oficial de justiça e dois fiscais da prefeitura foram à sua casa em novembro em busca de itens de valor correspondente à sua dívida com a cidade.

Primeiro eles queriam confiscar a cadeira de rodas de seu marido - que é uma pessoa com deficiência. Mas a cadeira de rodas não era propriedade da família, pertence ao seguro de uma associação de trabalhadores.

Por isso, optaram em levar o cachorro.

A antiga dona disse que sabe "que Edda está em boas mãos", mas afirmou que seus três filhos sentem falta do cachorro.

Um porta-voza da cidade de Ahlen disse que confiscar o cachorro da família por causa de dívidas não pagas "não é o procedimento padrão".