Home office na praia: ilha paradisíaca oferece visto de trabalho na pandemia
Você está entediado com o trabalho de casa e fica sonhando em estar em uma praia paradisíaca?
Essa oportunidade pode estar ao seu alcance se depender de um novo programa lançado pelo governo de Barbados, um país no Caribe.
O Barbados Welcome Stamp é um tipo de visto recém-criado que permite que visitantes estrangeiros passem um ano fazendo seu home office na ilha.
Palmeiras, sol e céu azul podem parecer o paraíso para a maioria, mas mesmo esse lugar incrível tem seus prós e contras, especialmente durante a pandemia. O que se pode esperar de uma oferta assim?
1. Quem pode ir?
O visto em Barbados está aberto a inscrições de pessoas do mundo todo, com custo de US$ 2 mil por pessoa (pouco mais de R$ 10 mil) ou US$ 3 mil por família (mais de R$ 15 mil). É preciso ter renda anual comprovada de US$ 50 mil (cerca de R$ 260 mil) e seguro de saúde. O governo também se reserva o direito de vetar pessoas por razões de segurança nacional.
Depois de enviado o pedido, o governo responde em uma semana sobre se o visto será concedido ou não. O programa tem se provado popular entre cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
A ilha faz parte da Commonwealth, a comunidade de ex-integrantes do império britânico, e conta com uma grande população de estrangeiros.
2. Clima espetacular
"Nós temos um clima quase idílico", disse recentemente a premiê de Barbados, Mia Amor Mottley.
Isso é verdade se você gosta de calor. Os dias são ensolarados quase que o ano inteiro. A temperatura média é de 27 graus.
Barbados tem uma temporada de chuvas e furacões que começa em junho e termina em novembro. Nas ocasiões em que há chuvas, elas vêm em abundância, mas com curta duração, e são logo seguidas de céus limpos novamente.
O último furacão a atingir a ilha foi o Ivan, em 2004. Naquela ocasião uma pessoa morreu. O pior deles veio em 1955, quando o furacão Janet matou 38 pessoas. Por estar ao leste no Caribe, Barbados costuma estar fora da rota dos grandes furacões, mas o país está exposto a tempestades tropicais.
Há relatos esporádicos de terremotos, mas eles costumam acontecer no mar.
3. Saúde
Barbados se orgulha de seu sistema de saúde robusto. O Hospital Queen Elizabeth, conhecido como QE, é o principal da ilha. Também há policlínicas, postos de saúde e clínicas privadas.
A ilha pede que as pessoas já venham com seu plano de saúde para ter acesso a esses serviços. Se visitantes não tiverem seus planos, há seguradoras locais que atendem estrangeiros.
Tratamento médico pode sair caro em Barbados. O Reino Unido recomenda que seus cidadãos procurem planos adequados que consigam cobrir custos de tratamento e repatriação.
A premiê Mottley foi elogiada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) por seu papel no combate ao coronavírus no seu país.
Barbados impôs um toque de recolher no dia 28 de março, que em seguida se transformou em quarentena completa. Desde meados de abril, as pessoas puderam ir a supermercados e bancos em determinados dias da semana, de acordo com seus sobrenomes. Dias especiais de compras foram separados para idosos e pessoas com deficiências.
De acordo com dados sobre coronavírus da universidade Johns Hopkins, 108 casos haviam sido registrados no país, com sete mortes.
Há centros de isolamento e quarentena pela ilha, onde pessoas que chegam ao país com sintomas de covid-19 são tratadas.
4. Acomodações
A ilha tem 33 km de comprimento e 22 km de largura, com população de 287 mil pessoas. Os barbadianos, também conhecidos como bajans, vivem por toda a ilha, mas a capital, Bridgetown, é a zona mais populosa.
As casas mais atraentes — e mais caras — estão no litoral. As alternativas para turistas são as mansões, apartamentos, hotéis ou casas de aluguel.
De acordo com o site Expatistan, uma casa para duas pessoas em Barbados (com 85 metros quadrados) oscila entre R$ 3,4 mil a R$ 9,7 mil por mês.
5. Atividades
Há muito o que se fazer nas praias, como surfe, mergulho e passeios de jet-ski, por exemplo. E há vários tours pelas destilarias de rum.
Os bajans gostam de "fête" (festas) o dia todo, com vários eventos que incluem comida e música. Uma parte no sul da ilha, Oistins, é popular entre turistas que gostam de dançar nas noites de sexta.
As lojas estão reabertas desde meados de junho, mas as pessoas devem usar máscaras e praticar distanciamento social de 1 metro.
A maioria dos eventos com grande público foram cancelados devido ao coronavírus, como os jogos de críquete no estádio local e o festival cultural Crop Over.
O cancelamento do festival, que é uma espécie de carnaval que atrai milhares de turistas todo ano, é uma das motivações para o governo de Barbados anunciar a nova modalidade de visto, na tentativa de atrair recursos de turismo para o país.
6. Escolas
O governo também está disposto a acomodar crianças e adolescentes de até 18 anos em seu sistema escolar. Mas isso tem um preço extra.
Pelas regras do novo visto, se uma criança for ter aulas nas escolas da ilha, os pais devem aplicar para um visto de estudante, com custo de quase R$ 800.
As escolas públicas são gratuitas para os barbadianos, mas precisam ser pagas por turistas. Escolas privadas têm mensalidades distintas.
Barbados tem um índice de alfabetização de 99,9% e é conhecido pela excelência em educação escolar.
7. Custo de vida diário
Barbados tem internet rápida com velocidade média superior à do Reino Unido. Mas o preço também costuma ser mais alto.
O custo de comida também pode ser alto, já que grande parte dos alimentos da ilha são importados. Mas Barbados costuma ser mais barato que diversos destinos europeus em serviços como eletricidade e água.
8. Animais tropicais
Este é uma das maiores desvantagens de Barbados: há muitos animais como centopeias e lagartos. Mosquitos estão por toda a parte. O governo usa pesticidas para tentar matá-los, mas a maioria dos turistas precisa constantemente usar repelente.
9. Um item proibido — surpreendentemente
Para a surpresa da maioria dos turistas, é proibido usar roupas camufladas em Barbados. Esse item de vestuário é reservado apenas para soldados de Barbados. Quem usa roupas camufladas pode até ser preso.
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