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Carta em mala abandonada revela história de pai e filho mortos em campos de batalha na 1ª Guerra

Entre os documentos está um pergaminho com o brasão do rei, que diz: "Que os que vierem depois cuidem para que seu nome não seja esquecido" - BBC
Entre os documentos está um pergaminho com o brasão do rei, que diz: 'Que os que vierem depois cuidem para que seu nome não seja esquecido' Imagem: BBC

17/11/2020 18h53

Uma maleta foi encontrada abandonada em um depósito no interior do Reino Unido contendo cartas, fotos e documentos que datam da Primeira Guerra Mundial.

O conteúdo revela a história de John Cowie, 51, e seu filho Henry, 18, que foram mortos com poucos dias de diferença nos campos de batalha da França.

A maleta havia sido jogada no lixo após uma faxina em uma casa na cidade de Sunderland, no noroeste da Inglaterra, e foi descoberta pela equipe do centro de resíduos Thompson Waste Center.

Gareth Thompson, parte da equipe do local, disse que ficou "absolutamente pasmo" ao encontrá-la.

"É incrível. É um pedaço da história não apenas local, mas também mundial", acrescentou Thompson.

A medalha está inscrita com o nome de John Cowie e as palavras, 'ele morreu pela liberdade e honra' - BBC - BBC
A medalha está inscrita com o nome de John Cowie e as palavras, 'ele morreu pela liberdade e honra'
Imagem: BBC

Pesquisa realizada por um historiador local revelou que John morreu apenas 10 dias depois que seu filho Henry.

Entre os itens da caixa estavam cartas endereçadas à esposa de John e à mãe de Henry, Ellen, em Sunderland.

Uma medalha, um livrinho de soldado, um pergaminho com o brasão do rei e a notificação oficial da morte de John também foram achados.

A pesquisa descobriu ainda que um segundo filho, George, também esteve na guerra quando tinha 18 anos e sobreviveu.

Entre os papéis achados está uma carta assinada por Winston Churchill agradecendo a George por seu serviço - BBC - BBC
Entre os papéis achados está uma carta assinada por Winston Churchill agradecendo a George por seu serviço
Imagem: BBC

A proprietária do centro de resíduos, Anne Ganley, disse que quer garantir que os dois homens "nunca sejam esquecidos", organizando um serviço fúnebre e financiando uma homenagem em Sunderland.

"Não sabemos exatamente a quem pertencia a maleta (...) mas eu tenho quase certeza de que deve ter sido de Ellen", diz Ganley. "Pensar nela guardando cuidadosamente essas cartas e as certidões de óbito de seu filho e marido é emocionante, não tenho palavras."