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Suécia volta atrás e recomenda uso de máscaras para combater covid-19

Suécia foi um dos poucos países europeus a não adotar lockdown - Reuters
Suécia foi um dos poucos países europeus a não adotar lockdown Imagem: Reuters

19/12/2020 07h03

O país foi um dos poucos a não recomendar máscaras em público fora de hospitais e clínicas médicas

O governo da Suécia está recomendando o uso de máscaras faciais no transporte público durante a hora do rush, revertendo sua orientação anterior para combater a pandemia de covid-19.

Também reduzirá de oito para quatro o número de pessoas sentadas juntas por mesa nos restaurantes e proibirá a venda de bebidas alcoólicas após as 20h.

O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, revelou as medidas, que entrarão em vigor em breve.

Outros países da Europa, como Itália e Áustria, acabaram de anunciar lockdowns durante o período de Natal.

A Suécia, que nunca impôs um lockdown total, acumula 360 mil casos confirmados de coronavírus e 8 mil mortes ? muito mais do que seus vizinhos escandinavos.

Na região da capital Estocolmo, UTIs atingiram a capacidade máxima e houve debandada de profissionais de saúde, que não veem outra alternativa senão se demitir por causa dos turnos exaustivos e ausência de folgas.

Anteriormente, o país era um dos poucos países a não recomendar máscaras em público fora de hospitais e clínicas médicas, apesar das fortes recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na quinta-feira (17), o rei sueco Carl 16 Gustaf disse que a nação escandinava "falhou" em salvar vidas com sua abordagem relativamente relaxada à epidemia de coronavírus.

O monarca fez os comentários como parte de um pronunciamento anual na TV.

Em vez de depender de sanções legais, a Suécia apela ao senso de responsabilidade e dever cívico dos cidadãos e emite apenas recomendações. Não há sanções se houver violações.

No entanto, no início desta semana, foi solicitado às escolas da região de Estocolmo que mudassem para o ensino à distância para alunos de 13 a 15 anos pela primeira vez o mais rápido possível. A medida foi anunciada em resposta ao aumento de casos de covid-19.

Isso aconteceu uma semana depois de uma decisão nacional em 7 de dezembro de mudar para o ensino remoto para maiores de 16 anos.

E na segunda-feira (14), novas recomendações de distanciamento social em todo o país para o período de Natal entraram em vigor, substituindo diretrizes semelhantes específicas para regiões.

Rei sueco disse que 2020 foi um ano "terrível" - Getty Images - Getty Images
Rei sueco disse que 2020 foi um ano "terrível"
Imagem: Getty Images

Por toda a Europa

A Suécia não está sozinha no aumento das restrições ao coronavírus. Vários países europeus adotaram medidas mais restritivas antes do Natal, após uma onda de infecções.

A Holanda e Alemanha impuseram lockdowns até janeiro. Na sexta-feira, a Itália fez o mesmo, impondo um confinamento em todo o país durante grande parte do período de Natal e Ano Novo.

Os italianos só poderão viajar por motivos de trabalho, saúde ou emergência entre 24 e 27 de dezembro, 31 de dezembro — 3 de janeiro e 5 e 6 de janeiro.

Restrições

Na Áustria, o governo disse na sexta-feira que o país entraria em seu terceiro lockdown depois do Natal. A partir de 26 de dezembro, as lojas não essenciais serão fechadas e o movimento fora das residências restrito.

Limite de pessoas por mesa em bares e restaurantes da Suécia foi reduzido de oito para quatro -   -
Limite de pessoas por mesa em bares e restaurantes da Suécia foi reduzido de oito para quatro
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No entanto, um programa de testes em massa em janeiro dará às pessoas a oportunidade de encerrar o confinamento mais cedo. O governo disse que aqueles que testarem negativo para o vírus terão mais liberdade.

Na França, o presidente do país, Emmanuel Macron, permanece em isolamento na residência presidencial oficial em La Lanterne em Versalhes após testar positivo para covid-19. Macron disse sofrendo de fadiga, dores de cabeça e tosse seca.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Igor Matovic, que participou de uma cúpula da UE com Macron na semana passada, disse que também testou positivo para coronavírus na sexta-feira.

Vários outros líderes europeus que também estavam na cúpula, incluindo os primeiros-ministros da Bélgica, Espanha, Portugal e Luxemburgo, disseram que se isolariam.