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EUA acusam Coreia do Norte de roubar segredos militares

Em comunicado conjunto assinado por Reino Unido e Coreia do Sul, trio alerta para campanha global de ciberespionagem atrelada a programa nuclear de Pyongyang. Nasa e Aeronáutica americana estão entre vítimas dos hackers.

Hackers a serviço da Coreia do Norte deflagraram uma campanha global de ciberespionagem para roubar segredos militares em apoio ao programa nuclear de Pyongyang, acusaram os Estados Unidos, o Reino Unido e a Coreia do Sul em um comunicado conjunto publicado nesta quinta-feira (25/07).

O documento foi elaborado pelo FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) americanos, pelo Centro Nacional de Cibersegurança britânico (NCSC) e pelo Serviço de Inteligência Nacional (NIS) da Coreia do Sul.

Grupo teria invadido computadores da Nasa e da Aeronáutica americana

Conhecidos por pesquisadores da área de cibersegurança como Anadriel ou APT 45, o grupo seria um braço da agência de espionagem de Pyongyang.

Segundo o comunicado, esses hackers têm mirado sistemas de computadores de empresas de defesa e engenharia, incluindo fabricantes de tanques, submarinos, navios, caças, mísseis e sistemas de radar - em alguns casos, com sucesso.

Uma das vítimas do grupo teria sido a agência espacial Nasa - de quem teriam sido roubados 17 gigabytes em dados -, além do próprio FBI e do Departamento americano de Justiça, bem como as base aéreas militares de Randolph, no Texas, e de Robins, na Geórgia.

EUA, Reino Unido e Coreia do Sul afirmam no documento que "o grupo e as técnicas cibernéticas continuam a representar uma ameaça contínua para vários setores da indústria em todo o mundo", inclusive também "no Japão e na Índia".

Como os hackers agem

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O FBI alega que o grupo explora vulnerabilidades em softwares para lançar ciberataques, por exemplo via malware e phishing, para ganhar acesso a dados e informações sigilosas.

O órgão de inteligência instou as empresas envolvidas nos setores de defesa, aeroespacial, nuclear e de engenharia a "continuarem vigilantes na defesa de suas redes contra ciber-operações patrocinadas pela Coreia do Norte", e disse que Andariel tem tentado obter informações como especificações para o processamento e enriquecimento de urânio, bem como de sistemas de defesa e de mísseis.

ra (AFP, Reuters)

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