Obama pede que Congresso suspenda embargo sobre Cuba: "Política fracassada"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (17) que o embargo econômico imposto por seu país sobre Cuba é "o legado de uma política fracassada", ao voltar a pedir ao Congresso que o suspenda, no primeiro aniversário do início do processo de aproximação e normalização bilateral.
Em comunicado por ocasião do aniversário, Obama reiterou também que a "mudança" em Cuba não ocorrerá "da noite para o dia e que a normalização completa das relações "será uma longa viagem".
Obama destacou os "importantes passos" que se deram no último ano para normalizar as relações --entre eles o restabelecimento dos laços diplomáticos com a reabertura das embaixadas em Washington e Havana--, facilitar mais viagens e o comércio com Cuba, e "conectar mais americanos e cubanos".
Além disso, graças ao giro na política em relação a Cuba, os Estados Unidos estão "em uma posição mais forte" para relacionar-se "com os povos e governos" de todo o continente, segundo Obama.
"Seguimos tendo diferenças com o governo cubano, mas as colocamos diretamente e sempre defenderemos os direitos humanos e os valores universais que apoiamos no mundo todo", ressaltou o presidente.
Em 17 de dezembro de 2014, Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciaram o início de um processo histórico para normalizar as relações bilaterais, após mais de meio século de inimizade.
Hoje os dois governos anunciaram que chegaram a um acordo para retomar os voos comerciais diretos entre os dois países, que se soma a outro, fechado na semana passada, para restabelecer o serviço postal direto através de um plano piloto de transporte de correio e miudezas.
No entanto, ainda restam temas muito complexos a resolver como as compensações econômicas mútuas e persistem importantes diferenças entre os dois países em assuntos como imigração e direitos humanos.
Em relação ao embargo econômico sobre a ilha, embora Obama tenha tomado medidas executivas para flexibilizar as viagens e algumas transações comerciais, sua suspensão completa depende do Congresso dos EUA, controlado hoje pelos republicanos, que se opõem majoritariamente a sua eliminação.
Segundo ressaltou hoje Obama, o Congresso dos EUA "pode apoiar uma vida melhor para os cubanos" com a suspensão desse embargo.
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