Jornalista e fotógrafo europeus detidos no Burundi são libertados
Nairóbi, 29 jan (EFE).- As autoridades do Burundi libertaram nesta sexta-feira um jornalista francês e um fotógrafo britânico detidos ontem no país, informou a Associação de Correspondentes Estrangeiros da África Oriental (FCAEA, por sua sigla em inglês).
O correspondente do Le Monde para a África, Jean-Philippe Rémy, e o fotógrafo britânico Phil Moore, foram libertados sem acusações junto com o jornalista burundinês Hermès Ntibandetse, da "Rádio Pública Africana", segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CJP).
As autoridades do Burundi confiscaram seus câmeras, telefones celulares e material de trabalho.
Os jornalistas abandonaram as dependências judiciais por volta das 17h local (13h, em Brasília) em veículos de suas respectivas embaixadas, segundo o portal de notícias burundinês "Iwacu".
"É um grande alívio, certamente, mas o incidente é um mal presságio para nosso trabalho no Burundi", disse a FCAEA em comunicado .
Embora as autoridades burundinesas ainda não tenham oferecido uma versão oficial do ocorrido, aparentemente Rémy e Moore estavam cobrindo alguma atividade da oposição e foram detidos durante uma batida policial.
A detenção dos jornalistas europeus ocorreu em um contexto de grave repressão com os informadores por parte das autoridades burundinesas, que mantém fechadas as principais emissoras privadas de país desde abril.
A onda de violência que colocou o Burundi à beira do genocídio se recrudesceu precisamente depois que o presidente burundinês, Pierre Nkurunziza, anunciou que concorreria pela terceira vez às eleições, contra o que está estabelecido na Constituição.
Após ser reeleito em maio, Nkurunziza se mostrou cada vez mais hostil com o trabalho dos jornalistas estrangeiros que cobrem no terreno a deterioração da situação no Burundi.
Segundo a ONU, os assassinatos vinculados à violência política já chegam a 400 desde o final de abril, embora estima-se que o número real de mortos é muito maior.
O correspondente do Le Monde para a África, Jean-Philippe Rémy, e o fotógrafo britânico Phil Moore, foram libertados sem acusações junto com o jornalista burundinês Hermès Ntibandetse, da "Rádio Pública Africana", segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CJP).
As autoridades do Burundi confiscaram seus câmeras, telefones celulares e material de trabalho.
Os jornalistas abandonaram as dependências judiciais por volta das 17h local (13h, em Brasília) em veículos de suas respectivas embaixadas, segundo o portal de notícias burundinês "Iwacu".
"É um grande alívio, certamente, mas o incidente é um mal presságio para nosso trabalho no Burundi", disse a FCAEA em comunicado .
Embora as autoridades burundinesas ainda não tenham oferecido uma versão oficial do ocorrido, aparentemente Rémy e Moore estavam cobrindo alguma atividade da oposição e foram detidos durante uma batida policial.
A detenção dos jornalistas europeus ocorreu em um contexto de grave repressão com os informadores por parte das autoridades burundinesas, que mantém fechadas as principais emissoras privadas de país desde abril.
A onda de violência que colocou o Burundi à beira do genocídio se recrudesceu precisamente depois que o presidente burundinês, Pierre Nkurunziza, anunciou que concorreria pela terceira vez às eleições, contra o que está estabelecido na Constituição.
Após ser reeleito em maio, Nkurunziza se mostrou cada vez mais hostil com o trabalho dos jornalistas estrangeiros que cobrem no terreno a deterioração da situação no Burundi.
Segundo a ONU, os assassinatos vinculados à violência política já chegam a 400 desde o final de abril, embora estima-se que o número real de mortos é muito maior.
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